A juíza da 36ª Vara Cível de São Paulo, Paula da Rocha e Silva, determinou a expedição de ofício com ordem de bloqueio de ativos financeiros pertencentes à empresa Xland, que estão alocados à empresa norte-americana FTX. A decisão foi decretada com base em ação movida por Loisy Marla de Siqueira, esposa do atacante santista Willian Bigode, em ação contra a operadora de criptomoedas.
A Justiça, portanto, quer que a FTX se posicione sobre possíveis recursos investidos pela Xland na empresa. Nesse sentido, haverá bloqueio ao reembolso do valor aplicado por Loisy Siqueira em um dos contratos.
“A decisão revela o prestígio do Judiciário ao princípio da cooperação, na busca da verdade real. Já afirmamos que este é um caminho a ser explorado que poderá gerar resultados que ultrapassarão os limites deste processo e terão potenciais repercussões para todos aqueles que sofrem prejuízos causados por contratos não cumpridos pela Xland”, afirmou o advogado de Loisy.
Defesa de Willian Bigode
A defesa de Willian Bigode e Loisy Siqueira trabalhou com o risco de a empresa Xland receber a restituição dos valores que investiu na FTX. Isto se deve ao relato de inadimplência nos contratos assinados pelo agressor, sua esposa e terceiros com a Xland.
O advogado do casal, Bruno Santana, revelou que o processo judicial contra Xland avança nos EUA. A manobra utilizada pelo casal, caso tenha sucesso, poderá servir como forma de outras pessoas envolvidas no caso terem seu dinheiro recuperado. Isso inclui, por exemplo, os jogadores Mayke e Gustavo Scarpa.
“A própria Xland declarou publicamente em processos judiciais que destinou todos os investimentos à FTX, que está em processo judicial avançado nos EUA para restituição dos seus respetivos credores”, disse Bruno Santana.
Caso contra bigode
Mayke e Gustavo Scarpa, ex-companheiros de Willian Bigode, processam o jogador por uma suposta fraude de R$ 10,4 milhões. A dupla fez um investimento milionário na Xland Holding Ltda por recomendação da WLJC Gestão Financeira – empresa que hoje pertence ao atacante santista.
Na época, a proposta envolvia um retorno de 3,5% a 5% ao mês – valores acima dos praticados pelo mercado. Aliás, em conversa com Scarpa, os donos da Xland afirmaram que o patrimônio superou os R$ 2 bilhões em pastilhas de alexandrita – material de grande valor –, além de fazendas e terras como garantia.
A dupla, porém, recebeu recusa da Xland ao tentar recuperar o dinheiro investido. Procurado pelos companheiros, Willian Bigode, que investiu R$ 17,5 milhões, afirmou ter sido mais uma vítima do golpe.
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