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As principais universidades americanas começaram a celebrar os seus alunos de primeira geração, que são os primeiros das suas famílias a frequentar o ensino superior. Porém, após a formatura, esses profissionais enfrentam mais desafios na hora de procurar emprego.
Seguindo outro estudar realizado por pesquisadores da Universidade da Virgínia, nos EUA, ao afirmarem que são os primeiros da família a se formar, os candidatos têm menos chances de serem contratados, mesmo que seus currículos sejam semelhantes aos de outros concorrentes. a mesma lacuna. Segundo pesquisas, isso acontece tanto com brancos quanto com negros.
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Presentes dentro escritórios de advocacia, atividades de atendimento ao cliente e nós indústrias criativas, as evidências desta discriminação no local de trabalho aumentaram.
Segundo o estudo, esse tratamento desigual se deve ao preconceito sobre como seria contratar alguém cujos familiares não tenham formação superior: podem ter poucos ou nenhum vínculo com a cultura empresarial.
Os responsáveis pela contratação também utilizam métodos que não favorecem candidatos provenientes de meios socioeconómicos mais desfavorecidos. Outros preferem contratar profissionais que estejam envolvidos em tarefas mais caras e demoradas, ou que se sintam mais confortáveis num ambiente de negócios.
Cada um desses critérios é muito difícil para candidatos que cresceram em famílias com renda, relações profissionais ou educação limitadas.
Este tipo de tratamento diferenciado não é perigoso apenas para os profissionais, mas também para as empresas. As pessoas oriundas de meios desfavorecidos são muitas vezes melhores do que as de meios mais favorecidos noutras competências, como o trabalho em equipa, de acordo com uma pesquisa realizada pela American Psychological Association.
Diversidade no trabalho
A procura da diversidade no local de trabalho também requer a consideração de diferentes contextos sociais. Existem maneiras simples de criar uma situação equilibrada. Concentrar-se nas qualificações dos estudantes e profissionais de primeira geração oriundos de minorias pode levar a um processo de contratação equitativo. Esses candidatos muitas vezes trazem ideias novas e estão mais focados nos objetivos organizacionais do que aqueles de origens mais privilegiadas, mostra a pesquisa.
Os empregadores também podem considerar se o seu processo de contratação é relevante para o trabalho. Os melhores candidatos realmente vêm das mesmas universidades de ponta? Ou outras pessoas tinham o mesmo (ou mais) talento, mas não conseguiam entrar nas mesmas faculdades porque tinham menos dinheiro ou privilégios?
Os empregadores e os líderes devem ter cuidado para evitar o favoritismo e devem visar candidatos diversos. Além do caráter social, esses métodos podem trazer benefícios financeiros e inovação para a empresa.
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*Jessi Streib é professora de sociologia na Duke University.
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