O surfista John John Florence conquistou seu terceiro título mundial da WSL na última sexta-feira (6). O havaiano venceu Ítalo Ferreira em duas baterias nas ondas de Lower Trestles e confirmou o favoritismo na Final. Em entrevista coletiva realizada neste sábado (7), ele falou sobre a importância da vitória.
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Questionado sobre as diferenças entre o modelo antigo, disputado em pontos corridos, e o novo formato das Finais da WSL, Florence foi muito claro em sua resposta.
– É definitivamente muito mais difícil (ganhar as finais). Quando ganhei ontem, pensei “uau, isso foi difícil!” Não é difícil apenas vencer no dia, mas sim se preparar para esse momento e para o raciocínio mental sobre o evento. Eu sabia, desde a etapa brasileira, que seria o cabeça-de-chave número 1, então tive muita pressão para manter o controle. Eu sabia que chegaria o momento em que teria que defender minha posição no ranking para conquistar o título mundial – explicou o campeão.
Florence também foi questionada se sentia medo de enfrentar Ítalo na grande final, depois que o brasileiro venceu as outras três mangas.
– Sem dúvida, sempre tenho medo de enfrentar o Ítalo em qualquer bateria. Principalmente nas Finais em Lowers (Tretles). Fiquei esperando o dia todo. Ele é um surfista incrível, principalmente nessas ondas. Você viu ontem quando ele foi para a direita e pegou antenas em uma onda que não serve para isso. E ainda pode ir para a esquerda para aéreos e cinco manobras. Fiquei nervoso com isso, mas simplifiquei na cabeça o que precisava fazer, que era pegar ondas boas e limpas. Achei que se surfasse o meu melhor deixaria as decisões para os juízes, e funcionou para mim. Fiquei muito animado para vencer o Italo porque ele é um ótimo surfista – analisou John.
O surfista vencedor da final comentou sobre o papel do Havaí no desenvolvimento de novos talentos no esporte.
– Estou muito animado em representar o Havaí. Temos muitos filhos começando a surfar, é um lugar incrível para surfar. O lugar onde moro é voltado para o surf e o oceano. Estou muito feliz por ser uma inspiração para as crianças realizarem seus sonhos, como campeões mundiais ou apenas surfistas, da mesma forma que Andy Irons me inspirou – explicou John Florence.
Com a vitória em Trestles, John John Florence igualou Gabriel Medina e outros atletas. Ele falou sobre a conquista e explicou que não pensa em se aposentar.
– É muito bom entrar para o grupo de surfistas que conquistaram três títulos mundiais. Foi um desafio imenso conquistar o terceiro lugar. Sobre ganhar o quarto, eu adoraria, adoraria ganhar cinco…
A atleta havaiana viveu um turbilhão de emoções em 2024. Neste ano, além de vencer a WSL, Florence participou das Olimpíadas, teve um filho e até abriu uma empresa.
– Foi um desafio. No início da temporada eu sabia que seria um ano longo, pois tinha meu filho e as Olimpíadas, além do compromisso com o tour e com a minha empresa. Consegui manter a calma e dar um passo de cada vez. Isso tornou o ano agradável, pois consegui reservar um tempo para focar em cada coisa. Foi um grande fator para o meu sucesso este ano.
Questionada pela ENM sobre a sensação de empatar com Andy Irons no número de títulos mundiais, Florence parecia feliz e realizada.
– Isso esteve em minha mente durante toda a minha vida porque cresci na costa norte de Oahu (Havaí) assistindo Andy Irons surfar e ganhar títulos mundiais. Ele foi meu ídolo enquanto crescia e não acredito que ganhei o mesmo número de títulos que ele. É uma sensação incrível – revelou.
A temporada da elite do surf da WSL chegou ao fim e o próximo evento deverá ser realizado em Pipeline, casa de John John Florence. A etapa não tem data confirmada, mas o que se sabe é que os surfistas só voltarão a competir em 2025.