A mineradora Vale planeja manter um investimento de mais de US$ 400 milhões anuais em pesquisa, desenvolvimento e inovação (PD&I), como parte de suas ações. Este plano visa apoiar os planos da empresa para o futuro, disse à Reuters o vice-presidente de Tecnologia da mineradora, Rafael Bittar.
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Em 2023, a empresa investiu US$ 447,8 milhões (R$ 2,5 bilhões) em PD&I.
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“A ideia é mantê-lo acima ou abaixo deste nível”, disse o executivo à Reuters um dia antes, à margem da conferência mineira Exposibram.
“Manter este nível de investimento, que é um nível de investimento relativamente elevado, é o que nos permite concretizar toda a nossa estratégia de I&D; para apoiar o plano Vale do Futuro. “
O gestor referiu que a empresa deve estar preparada para mudanças, pois as novas tendências do sector mineiro mostram que o que se faz hoje não será o que se fará daqui a cinco ou vinte anos.
“As coisas mudam e temos que ser capazes de nos preparar para este futuro e antecipar o que pode acontecer”.
Roteiro
Bittar deu o exemplo de que sua região tem um “roteiro” de como será a mina do futuro, com ampla utilização de equipamentos automatizados, centros de controle e minimamente invasivos, “com pleno conhecimento do subsolo para extrair apenas o necessário”. , zero desperdício, zero ‘desperdício’, zero estéril e zero carbono”.
“Então a minha região está liderando esse processo e já estamos construindo projetos que nos levam até lá”, disse.
Entre os exemplos de marcos alcançados, Bittar citou o desenvolvimento da tecnologia de equipamentos teleoperados. Segundo ele, a empresa conseguiu desobstruir o reservatório B3/B4, Nova Lima (MG), utilizando equipamentos 100% passivos, o que proporciona grande proteção aos trabalhadores.
“Temos um centro de controle remoto de operações, com equipamentos que funcionam a 30, 40 quilômetros de distância. Quando estão ao telefone, as pessoas estão no ar, trocando de turno, tomando café, em um ambiente seguro, sem exposição.”
Briquetes
O gestor também mencionou que a Vale iniciou recentemente a produção de briquetes de minério de ferro no Espírito Santo. O produto foi desenvolvido pela primeira vez pela empresa há 20 anos. Permite a substituição do uso de pellets, com menos emissões na sua produção e na sua utilização na siderurgia.
Segundo informações da empresa, a Vale possui cerca de 800 pessoas dedicadas à inovação no Brasil e 11 programas de PD&I, incluindo temas relacionados à exploração mineral, infraestrutura tecnológica global, entre outros com foco na descarbonização.
A empresa também possui seis centros de PD&I, além de ter implantado 12 centros de inovação envolvendo cerca de 500 pessoas.
“Criamos hubs dentro do processo, ‘hubs de inovação’, como os chamamos, porque precisamos abordar o problema”, disse Bittar.
“Quando crio um centro de inovação, os espaços de trabalho trazem problemas. E o centro de inovação é uma plataforma para conectar problemas e soluções, de forma criativa.”
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Além de resolver problemas, a rede de hubs visa promover o desenvolvimento de talentos e a mudança de mentalidade, com foco na inovação, acrescentou.
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