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O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, disse nesta quarta-feira (11) que o governo analisa a necessidade de retorno durante o verão. O motivo é a grave seca que afetou o desempenho do setor elétrico brasileiro.
“Estamos avaliando se o verão é necessário ou não… é algo que está em cima da mesa, mas não há decisão, até porque depende da quantidade de chuva”, disse Silveira aos jornalistas.
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“Quando há alguma possibilidade que indique o caminho para uma solução de tarifas e proteção razoável neste setor, é importante examinar”, acrescentou o ministro, dizendo que esta política pode acabar ajudando o motorista do ONS a cumprir os horários de pico.
Terminado em 2019, o principal objetivo do horário de verão era reduzir o consumo de energia elétrica entre o final da tarde e o início da noite, através do melhor aproveitamento da luz natural e da mudança horária dos relógios.
O retorno desta política foi estudado nos últimos anos, especialmente no contexto da crise hídrica de 2021. Naquela época, o governo reuniu uma série de recursos para evitar problemas de abastecimento de energia.
Não há unidade
No entanto, estudos realizados na época mostram que o regresso do horário de verão não produziria poupanças energéticas significativas. A conclusão foi que a redução observada no horário de pico noturno é compensada pelo aumento da utilização nos demais horários. Análises anteriores também mostraram que não haverá impacto no fornecimento de energia elétrica.
Silveira disse ainda aos jornalistas que o governo é “absolutamente contra” a transição para a energia solar distribuída. Foi incluído de última hora no projeto de lei do Combustível Futuro, aprovado pelo Senado na semana passada.
Esta alteração amplia o prazo para que os projetos de geração distribuída, financiados pelo regulador elétrico, entrem em operação após aprovação das seguradoras. À direita, se aprovada, essa medida terá impacto de 2,4 bilhões de reais por ano por meio da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE).
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“Não há motivos técnicos pequenos, são poucos motivos… Somos totalmente contra, fiz um apelo aos parlamentares para que tenham juízo”, disse Silveira. O ministro enfatizou que a energia solar já está integrada no país e não necessita de incentivos adicionais.
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