Após o recente caso de agressão sexual do atacante Rafa Mir na Espanha, surgiram no país europeu notícias envolvendo um ‘contrato sexual’ entre jogadores e seus parceiros para evitar denúncias de estupro. Miguel Galán, presidente do Centro Nacional de Formação de Treinadores de Futebol (Cenafe), acusou os atletas de estabelecerem termos para não sofrerem denúncias desta natureza.
Segundo a denúncia, o contrato traz uma série de condições relativas às relações sexuais. Questões como o que é permitido ou não, duração, métodos anticoncepcionais utilizados e “estupro acidental”, ponto que gera mais polêmica. Apesar da sua elaboração, especialistas já afirmaram que o documento não tem validade jurídica, segundo o jornal O Jogo.
Galán diz ainda que os jogadores teriam medo de que “uma mulher os enganasse e os enganasse, ou apresentasse uma denúncia falsa”, situações que poderiam “burocratizar as relações”. Porém, não há relatos de que o documento tenha sido utilizado por algum jogador do país, segundo O Jogo.
Espanha tem caso com Rafa Mir e Daniel Alves
A Espanha teve casos recentes envolvendo jogadores de futebol que cometeram abusos sexuais. Enquanto Rafa Mir, atacante do Valencia, foi indiciado há poucos dias, Daniel Alves já teve seu crime julgado e continua em liberdade condicional.
No final de agosto, Rafa Mir e o também jogador Pablo Jarra foram acusados de abusar sexualmente de duas mulheres, uma de 21 anos e outra de 25 anos. Segundo relato das vítimas, o crime ocorreu após o jogo entre Valencia e Villarreal. Na ocasião, após um encontro em uma boate, Mir, seu amigo e as duas mulheres dirigiram-se à residência do agressor, onde teria ocorrido o abuso.
Após o incidente, as vítimas dirigiram-se a um hospital de Valência e denunciaram à Guarda Civil. Os dois atletas acabaram presos, mas foram liberados dois dias depois.
Atualmente, o atacante, que pertence ao Sevilla mas trabalha emprestado no Valencia, aguarda o desenrolar das investigações em liberdade.
Daniel Alves foi condenado a quatro anos e seis meses de prisão pelo estupro de uma mulher em uma boate de Barcelona, em 2022. Porém, ele saiu da prisão em março deste ano, após pagar 1 milhão de euros (R$ 5,4 milhões) em fiança. O ex-jogador aguarda o julgamento do seu recurso em liberdade.
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