O driver do aplicativo Munir Orra 40 anos, morador de São Paulo ( SP ), afirma ganhar R$ 320 mil por ano trabalhando como motorista parceiro da Uber. O valor que parece irrealista foi faturado com base em uma “rotina radical” adotada por Munir.
Trabalhando apenas na categoria preto Do aplicativo, que tem passeios com o valor mais caro e utilizado por passageiros que buscam mais conforto, o motorista afirma que sua técnica para ganhar mais de R$ 25 mil por mês não é milagrosa, mas envolve muitas horas ao volante.
Muniz disse em suas redes sociais que em 2022, quando faturou R$ 321 mil, estava ‘disponível’ 18 horas por dia na plataforma, de segunda a segunda. Ele disse ainda que no ano seguinte a receita bruta foi de quase R$ 293 mil.
Como funciona o sistema de aplicativos
O tempo é contado na plataforma entre o motorista aceitar a carona e terminá-la. Isso significa que, enquanto o parceiro aguarda uma nova ligação, o tempo não é contabilizado. Portanto, Munir pode ficar 18 horas disponível na plataforma.
Pelas regras da Uber, os motoristas devem trabalhar no máximo 12 horas por dia no aplicativo e ter seis horas de descanso entre os turnos. Após atingir esse limite de tempo, o motorista é desligado automaticamente e só poderá retornar após o horário de descanso.
Mais tempo no carro
Para chegar a esse valor, Munir Orra disse que passou a dormir no veículo e a voltar para casa apenas uma vez por semana. “Tem uma área específica de alta demanda na categoria Negra que fica longe da minha casa, então não vale a pena eu fazer esse trajeto todos os dias. Por isso comecei a dormir no carro, comer na rua e tomar banho no academia”, explica ela. Segundo ele, a área de maior atividade de Black está principalmente na região da orla do Tietê e Pinheiros.
Munir é solteiro e mora na casa da tia, fatores que contribuem para que ele possa se dedicar exclusivamente ao trabalho como motorista de aplicativo. Em três anos de profissão, já fez 30 mil corridas.
Para atuar na categoria Preta, ele dirige para o trabalho um Mitsubishi Lancer afinado, o que, segundo Munir, o torna mais conhecido nas ruas da capital paulista.
“Uma das minhas estratégias é trabalhar só no preto porque rende cerca de 70% mais que a categoria. Acaba não compensando”, disse.
Apesar do alto valor arrecadado, Munir afirma que não pretende continuar trabalhando como motorista de aplicativo por muito tempo.
“Vejo muita gente começando a trabalhar como motorista de aplicativo pensando na carreira, mas é uma profissão que não evolui. É possível ganhar dinheiro, mas é importante ter um objetivo e quando alcançá-lo, ir embora. Estou juntando dinheiro para abrir um negócio e quando conseguir abrir meu negócio vou parar de trabalhar como motorista”, finaliza.
Quer ficar por dentro das principais notícias do dia? Participe do nosso canal no WhatsApp e nosso comunidade no Facebook .