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O VIAJANTE Bradesco BBI realizou sua primeira Conferência de Negócios Agrícolas, que Conferência Agroevento que teve como objetivo discutir os desafios e oportunidades do setor – um dos pilares da economia brasileira – e que contou com a presença de altas lideranças da região. A abertura foi feita por Bruno Boetger, vice-presidente do Bradesco, que destacou o compromisso do banco com o desenvolvimento e a inovação agrícola.
Roberto Rodrigues, ex-ministro da Agricultura, abriu o debate sobre o processo, dizendo que o agronegócio brasileiro desempenha um papel importante na resolução de problemas globais como a segurança alimentar e as mudanças climáticas. “O Brasil tem a oportunidade de liderar a produção sustentável com tecnologia avançada desenvolvida neste país para enfrentar o problema ambiental”, disse.
Silvia Massruhá, presidente da Embrapa, também participou do fórum, destacando a adoção de tecnologias de baixo carbono, como a combinação de culturas e pecuária-silvicultura, para promover uma agricultura sustentável. Segundo ele, melhorar a comunicação sobre esses métodos é importante para abrir novos mercados.
Biocombustíveis: oportunidades e desafios
O painel sobre biocombustíveis foi composto por Ricardo Mussa, CEO da Raízen, e Erasmo Battistella, CEO da Be8. Mussa destacou a competitividade do Brasil na produção de etanol sem subsídios, enquanto Battistella enfatizou a importância de políticas públicas, como o programa “Futuro Futuro” para atrair investimentos.
Os executivos também discutiram a capacidade do Brasil de liderar o mercado de combustível de aviação sustentável (SAF). O país, segundo eles, está em boa posição para desenvolver esta tecnologia e ser referência mundial, desde que sejam implementadas políticas adequadas para incentivar a produção local.
Proteína animal: crescimento e estabilidade
No painel de proteína animal, Edison Ticle, CFO da Minerva Foods; José Carlos Garrote, presidente da São Salvador Alimentos; e João Campos, CEO da Seara, discutiram o crescimento da demanda global por carne bovina e de frango. Garrote destacou a importância da proteção natural, enquanto Campos falou da capacidade do Brasil de atender mais de 150 mercados. Ticle apontou a vantagem competitiva da América do Sul na produção de carne bovina, especialmente para o mercado asiático.
Todos concordaram que a sustentabilidade e a biossegurança são importantes para garantir o acesso a novos mercados e sustentar o crescimento do sector.
Cereais: problemas climáticos e mercados internacionais
Paulo Sousa, presidente da Cargill; Luiz Dumoncel, CEO da 3Tentos; e Carlos Augusto Rodrigues de Melo, presidente da Cooxupé, encerraram o evento com um debate sobre oferta e demanda de grãos, como soja, milho e café. O aumento da produção brasileira pressionou os preços, apesar da demanda global estável. No setor cafeeiro, os preços estão bons, mas a seca pode ameaçar a colheita de 2024.
“Apesar disso, a procura global por café está a aumentar, especialmente na Ásia e no Médio Oriente, o que mantém a esperança no futuro do sector”, disse Carlos.
Políticas sociais e infraestrutura
O negócio agrícola de São Paulo é hoje muito ativo em nível nacional. Prova disso é a balança comercial, que cresceu quase 10% entre janeiro e agosto, empatando com Mato Grosso no primeiro patamar de exportações. O resultado foi apresentado por Guilherme Piai, secretário de Agricultura do Estado de São Paulo, durante painel na Agro Conference.
Piai destacou que o estado tem cerca de 6 milhões de hectares dedicados à cana-de-açúcar – o que corresponde a cerca de 60% do total de terras do país – e é responsável pela produção de 50% do etanol do país. Para ele, essa abundância torna essa área capaz de facilitar uma mudança energética.
Sobre a expansão do etanol de milho, Guilherme acredita que esse aumento não deve destruir o mercado do combustível extraído da cana-de-açúcar, previsão baseada na expectativa de aumento da demanda mundial por etanol nos próximos anos. Com isso, haverá mais espaço para ambos os setores.
A equipe de transporte era composta pela Secretária Principal do Ministério dos Transportes, Mariana Pescatori, e pelo Secretário Principal do Ministério dos Transportes, George Santoro.
Mariana falou sobre investimentos em terminais e concessões de terminais. “A expectativa é de grandes leilões previstos até 2026, principalmente em portos estratégicos de comércio agrícola, como Santos, Paranaguá e Itaqui. Agilizar esses processos e acordos de leilões será importante para atender à demanda que ainda cresce do setor agroindustrial setor”, enfatiza.
O evento também contou com um grupo político com a presença do deputado federal Pedro Lupion e do governador de Mato Grosso, Mauro Mendes.
O Brasil e o futuro do comércio global
A primeira edição do Bradesco BBI Agro Summit reforçou a importância do agronegócio brasileiro no cenário mundial, destacando o papel do país na produção sustentável, no desenvolvimento de biocombustíveis e no atendimento à crescente demanda por proteínas e grãos alimentícios. Este evento destacou a capacidade do Brasil de se posicionar como líder global neste setor, promovendo um crescimento sustentável e competitivo.
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Foto: Publicação Alexandre Panico, diretor do Bradesco Corporate; Fernando Freiberger, diretor-presidente do Bradesco; Luiz Carlos Trabuco Cappi, presidente do Conselho de Administração do Bradesco; Bruno Boetger, vice-presidente do Bradesco; Felipe Thut, head de Investment Banking do Bradesco BBI; e Roberto França, diretor de agronegócio do Bradesco
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Foto: Publicação Fernando Freiberger, diretor-presidente do Bradesco; Roberto França, Diretor de Negócios Agrícolas do Bradesco; Bruno Boetger, vice-presidente do Bradesco; Carlos Augusto de Melo, CEO da Cooxupé; Luiz Dumoncel, CEO da 3Tentos; Marcelo Noronha, presidente do Bradesco; Paulo Sousa, presidente da Cargill; Henrique Brustolin, chefe dos setores de Pesquisa de Agronegócios, Alimentos e Bebidas do Bradesco BBI; e Felipe Thut, head de Investment Banking do Bradesco BBI
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Foto: Publicação -
Foto: Publicação Victor Mizusaki, chefe de Transportes e Infraestrutura Urbana do Bradesco BBI Research; Felipe Thut, head de Investment Banking do Bradesco BBI; George Santoro, secretário-geral do Ministério dos Transportes; Marina Pescatori, secretária-geral do Ministério dos Portos; Marcelo Noronha, presidente do Bradesco; Fernando Freiberger, diretor-presidente do Bradesco; Alexandre Panico, diretor da Companhia
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Foto: Publicação Vicente Falanga, chefe das divisões Oil & Gas e ESG do Bradesco BBI Research; Ricardo Mussa, CEO da Raízen; e Erasmo Battistella, CEO da Be8
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Foto: Publicação Fernando Honorato, economista-chefe do Bradesco; Mauro Mendes, governador de Mato Grosso; e Pedro Lupion, deputado federal
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Foto: Publicação Fernando Honorato, economista-chefe do Bradesco; Guilherme Piai, secretário de Agricultura do Estado de São Paulo; e Alexandre Mendonça de Barros, sócio consultor da MBA Agro e presidente do Conselho Gestor do FGVAGRO
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Foto: Publicação Roberto França, Diretor de Negócios Agrícolas do Bradesco; Roberto Rodrigues, ex-ministro da Agricultura; Silvia Massruhá, presidente da Empraba; Francisco Matturro, diretor executivo da Rede ILPF; e Caio de Andrade, head de ESG em Investment Banking do Bradesco BBI
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Foto: Publicação Bruno Boetger, vice-presidente do Bradesco
Alexandre Panico, diretor do Bradesco Corporate; Fernando Freiberger, diretor-presidente do Bradesco; Luiz Carlos Trabuco Cappi, presidente do Conselho de Administração do Bradesco; Bruno Boetger, vice-presidente do Bradesco; Felipe Thut, head de Investment Banking do Bradesco BBI; e Roberto França, diretor de agronegócio do Bradesco
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