O mundo digital está em constante mudança e uma das áreas que continua a oferecer maiores oportunidades nesta área é a economia maker. Este fenómeno está relacionado com a ascensão dos criadores de conteúdos, que geram receitas através de diferentes plataformas e modelos de negócio. No entanto, ainda é uma área que precisa de mais investigação.
Acesso
Um estudo recente da Hotmart mostra que esse setor deverá gerar 480 bilhões de dólares em 2027, e que o Brasil tem um papel estratégico nessa situação, já que, em 2023, milhões de pessoas e 80 brasileiros comprarão online, segundo o NIC.br, o A Pesquisa TIC Domicílios 2023 destaca ainda que 1/3 dos produtores digitais no Brasil realizam vendas internacionais e 15% da receita vem de grandes fabricantes que é importada de outros países.
Leia de novo
Os brasileiros passam mais que o dobro do tempo nas redes sociais em comparação com o resto do mundo, perdendo apenas para indianos e indonésios, além de estarem acima da média global em termos de influenciadores. Portanto, a tecnologia desempenha um papel importante no crescimento e na transformação da economia maker.
Hoje, vemos mais ferramentas e plataformas que capacitam os criadores a alcançar e envolver o seu público de novas maneiras. Das redes sociais às plataformas de crowdfunding e aos mercados de conteúdos digitais, a tecnologia está a democratizar a criação de conteúdos e a ajudar os criadores a rentabilizar o seu trabalho de formas anteriormente inimagináveis.
Uma das tendências mais impressionantes é o surgimento da realidade aumentada (AR) e da realidade virtual (VR). Estas tecnologias têm o potencial de mudar a forma como o conteúdo é consumido, proporcionando experiências imersivas e interativas. Para os designers, isto cria novas oportunidades para contar histórias e envolver o seu público, criando conexões e rapport.
A Inteligência Artificial (IA) também desempenha um papel muito importante na economia maker. As recomendações ajudam os designers a atingir um público-alvo maior, enquanto as ferramentas de análise de dados fornecem informações valiosas sobre o comportamento e as tendências do mercado. Com essas ferramentas, os influenciadores otimizam seu conteúdo e criam estratégias de monetização mais eficazes.
Apesar de todas as oportunidades que a tecnologia oferece, também surgem muitos problemas. Uma das maiores é a questão da propriedade intelectual e dos direitos autorais. À medida que mais conteúdos são produzidos e distribuídos online, surgem questões sobre quem detém os direitos sobre esses conteúdos e como estes podem ser protegidos contra a utilização não autorizada.
Outro desafio é a intensa competição na economia maker. Com tantos designers competindo, pode ser difícil se destacar e conquistar seguidores leais. Isso significa que os designers devem inovar constantemente e encontrar formas únicas de se destacar neste campo competitivo.
-
Siga-o Forbes no WhatsApp e receba as últimas notícias sobre negócios, carreira, tecnologia e estilo de vida
Porém, com os pontos citados acima, posso afirmar que o futuro da economia do fabricante é muito promissor. A maior diferença para o sucesso será a capacidade de se adaptar às mudanças e permanecer pronto e criativo num ambiente em constante mudança, uma vez que a economia do criador é uma expressão natural da auto-expressão humana e da ligação com os outros. Enquanto houver pessoas criativas e um público ávido por conteúdo, a economia maker continuará a crescer, impulsionada pela tecnologia que a torna possível.
Marcelo Ciasca é CEO da Stefanini Brasil
Os artigos assinados são de responsabilidade exclusiva dos autores e não refletem necessariamente a opinião da Forbes Brasil e de seus editores.