JAVIER SORIANO
O técnico Gareth Southgate anunciou nesta terça-feira (16) que não seguirá no comando da seleção inglesa, dois dias após a derrota por 2 a 1 para a Espanha na final da Eurocopa.
“É hora de mudar e de um novo capítulo. A final de domingo em Berlim contra a Espanha foi meu último jogo como técnico da Inglaterra”, disse Southgate em comunicado divulgado pela Federação Inglesa.
Southgate estava no comando há oito anos e liderou a seleção nacional em 102 partidas.
A derrota de domingo em Berlim foi a segunda derrota consecutiva numa decisão continental, depois da derrota da Itália nos pênaltis, há três anos, em Wembley.
Na Copa do Mundo de 2018, na Rússia, a Inglaterra foi eliminada nas semifinais pela Croácia (2 a 1 na prorrogação). Quatro anos depois, no Qatar, a França eliminou a Inglaterra nas quartas de final (2-1).
“O grupo que levamos para a Alemanha está cheio de jovens talentos e eles podem ganhar o troféu com que todos sonhamos”, escreveu Southgate na sua mensagem de despedida.
“Estou muito orgulhoso deles”, acrescentou.
A Inglaterra sonha com um título desde a conquista da Copa do Mundo de 1966, disputada em casa e o único troféu da história do time.
“Nas 25 competições desde 1966 e antes da chegada de Gareth, havíamos vencido sete partidas eliminatórias consecutivas. Nas últimas quatro competições sob seu comando, vencemos nove. Na verdade, em oito anos vencemos mais partidas que realmente contam do que nas anteriores. 50 anos”, disse o CEO da FA, Mark Bullingham, em comunicado.
“Gareth tornou possível o trabalho impossível e lançou bases sólidas para o sucesso futuro”, acrescentou o treinador.
O novo treinador será anunciado o mais rápido possível, segundo Bullingham. A Liga das Nações começa em setembro.
Os possíveis sucessores incluem o técnico do Newcastle, Eddie Howe, e dois ex-técnicos do Chelsea, Graham Potter e Mauricio Pochettino.
Southgate assumiu o comando da seleção inglesa em 2016, num momento muito ruim, após ser eliminado pela Islândia nas oitavas de final do Europeu.
“Como orgulhoso inglês, foi a honra da minha vida jogar pela Inglaterra e ser treinador da Inglaterra”, disse o técnico de 53 anos.
“Significou tudo para mim e dei tudo de mim”, concluiu.