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A Eneva anunciou nesta terça-feira (16) que assinou acordos de aquisição do seu dono BTG Pactual, em um processo que aumentará a operação e o desenvolvimento de termelétricas na base da empresa e que faz com que a plataforma bancária da Eneva funcione na produção de energia e gás natural.
Junto com o anúncio, a Eneva também anunciou que convocou os bancos para a próxima oferta pública de novas ações ordinárias (“follow”) que pode totalizar 4,2 bilhões de reais. As ações serão emitidas ao preço de 14 reais cada e os recursos serão utilizados para implementar seu plano de negócios e melhorar sua estrutura de capital.
Os acionistas da empresa, como BTG (23,3%), Cambuhy Investimentos (20%) e Partners Alpha (15%), terão direitos primários de subscrição de todas as novas ações para “acompanhar” o que vier a haver.
O acordo anunciado nesta terça inclui quatro termelétricas do BTG e financiamento bancário: Tevisa, Povoação, Gera Maranhão e Linhares. Esses ativos, contratados em leilões governamentais, possuem renda fixa e não possuem obrigações significativas de Capex (investimento).
A Eneva diz que vê uma oportunidade de recontratar 148 megawatts (MW) de energia para algumas dessas termelétricas com contratos que expiram em dezembro de 2025. São projetos conectados à rede e aproveitei o recurso de “hub” existente. Sergipe”, projeto de gás da Eneva, para abastecimento de combustíveis.
Além disso, a Eneva, já uma das maiores geradoras termelétricas do Brasil, adicionou um pipeline de projetos de até 3,3 gigawatts (GW) distribuídos por três países, potencialmente de acesso a estações de gás natural liquefeito (GNL).
A geradora de energia afirmou ainda em nota que os acordos com o BTG possibilitam “relações comerciais, financeiras, operacionais e administrativas”, e disse que a possível oferta de ações melhorará sua estrutura de finanças e fortalecerá seu balanço, com redução significativa de energia .
A avaliação da Eneva atingiu 4,1 vezes a dívida total em relação ao Ebitda no final do primeiro trimestre deste ano, em meio aos esforços da empresa para reduzir seu endividamento, como busca de sócios ou desinvestimento de ativos recuperados.
A Eneva é um dos maiores investidores no setor de gás natural do país, com negócios na exploração offshore de gás, nas regiões de Parnaíba, Amazonas, Solimões e Paraná, e na produção termelétrica a combustível. No total, suas usinas possuem mais de 6 GW de capacidade instalada.
Entre seus focos de crescimento para o futuro, a empresa está de olho em novos projetos “greenfield” (construídos do zero) e “brownfield” (já operacionais) para competir com leilões de energia controlados, investimentos em exploração e produção (E&P) e investimentos em energia. mercado de gás não ligado à rede (“off-grid”), oferecendo soluções para clientes industriais e para o mercado de transportes.
A empresa já buscava grandes oportunidades de crescimento por meio de aquisições, após avaliar um conjunto de termelétricas da Eletrobras que acabaram sendo adquiridas pela Âmbar Energia, empresa da J&F, empresa dos empresários Joesley e Wesley Batista.
Já o BTG também aprendeu a comprar as usinas da Eletrobras e já buscava alternativas para o futuro de suas termelétricas, já que no passado elas produziam para serem incluídas na fusão entre Vibra e Eneva.
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