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Um mundo de nações prósperas, inovadoras e livres, com oportunidades de crescimento e desenvolvimento, capta a imaginação de cidadãos optimistas que vêem um futuro promissor. Mas será que estamos seguindo o caminho certo para chegar a esse patamar?
Em Fevereiro de 2022, acompanhámos a invasão da Ucrânia pela Rússia, iniciando uma guerra que poucos pensavam que aconteceria no século XXI, e que continua até hoje. Em Outubro de 2023, assistimos à eclosão de uma nova guerra, provocada pelo ataque brutal do grupo terrorista Hamas aos cidadãos de Israel, que levou à guerra na Faixa de Gaza, que continua. Neste momento, há uma nova eclosão de guerra na guerra de Israel contra o grupo terrorista Hezbollah, que ataca o país a partir do sul do Líbano, sob o comando do Irã – que com ele produz ataques em muitos lugares. representantes. Para completar, os olhos se voltaram para a China, temendo uma invasão e anexação de Taiwan.
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Se se acreditava que as guerras expansionistas e ideológicas ficavam no caminho para uma sociedade civilizada, parece que houve um erro. Enquanto o Eixo das Ditaduras, composto pela Rússia, o Irão e a China, juntamente com os seus aliados mais pequenos, a Venezuela e a Coreia do Norte, investem na sua guerra contra os valores ocidentais de liberdade e desenvolvimento, o Ocidente vê-se forçado a unir forças e a demonstrar . que os Princípios que orientam a sociedade ocidental são estáveis e fortes, e lutarão por eles – ou sucumbirão à tirania.
Internamente, os países com valores ocidentais enfrentam problemas na manutenção dos seus princípios, como a proteção dos direitos humanos, que se traduz em viver com dignidade e, portanto, em liberdade. Não há dignidade na vida humana sem liberdade de expressão, de religião, de vida, de desenvolvimento, de ir e vir.
No Brasil, os problemas não diminuem. Conhecido como “o país do futuro”, devido ao grande poder económico e social concentrado numa área de mais de 8 milhões de quilómetros quadrados, com mais de 200 milhões de habitantes, aguardamos esse dia para podermos dizer: o futuro chegou. Embora o Brasil ofereça oportunidades interessantes para criar, com sua natureza alegre, um grande e diversificado mercado consumidor, a carga administrativa e tributária, relacionada à sua complexidade e à ineficiência do país, representam grandes desafios.
Por outro lado, embora a busca pelo sucesso afete realmente a liberdade, é necessário lutar contra a supressão dos direitos básicos dos cidadãos de expressarem as suas opiniões e de se manifestarem contra as medidas adotadas pelos seus governos. As leis devem preservar e expandir a liberdade dos indivíduos, e não restringi-los. Para conseguir isso, o sistema jurídico do país deve ser claro, simples e seguido por todos, incluindo (especialmente) o Governo e os seus representantes, a fim de permitir que os seus cidadãos vivam dignamente, reduzindo a burocracia desnecessária e desbloqueando a inovação. e o desenvolvimento do mundo dos negócios. A complexidade do sistema regulatório e jurídico do Brasil ressalta a incerteza jurídica na região.
Para desenvolver o potencial do Brasil e alcançar um nível de sucesso, progresso e liberdade, devemos enfrentar nossos desafios. Contudo, não é fácil encontrar uma solução para este estado de paralisia causado pelo gigantismo do governo e suas consequências. Com o objetivo de avançar, desde 1988, o Instituto de Estudos Empresariais (IEE) disponibiliza uma plataforma de discussões qualificadas sobre os temas mais relevantes nas sociedades atuais: o Fórum da Liberdade.
Escolhido pela Revista Forbes (2013) como “o maior debate político, econômico e social da América Latina”, este evento teve sua 37ª edição em abril deste ano, em Porto Alegre, e justificou o reconhecimento que recebeu durante muitos anos reprodutivos. A conferência contou com duas rodadas de debates, mais de 20 horas de conteúdo individual e 40 palestrantes de renome nacional e internacional, além de uma programação com apresentações sobre os desafios do sucesso na economia, os limites do poder do Estado, a política, a liberdade de expressão, sustentabilidade e histórias de negócios inspiradoras.
Quando queremos responder à questão de saber se vivemos num “Mundo Livre de Coragem?”, o Fórum da Liberdade foi guiado por questões sobre a necessidade de ler novamente: “Como garantir que o progresso tecnológico seja o veículo da liberdade, e não uma ferramenta de prevenção e controle?”, ou “Estamos realmente caminhando para um Brasil livre?”. Nas etapas do Fórum da Liberdade é possível vivenciar a experiência real de construção da sociedade que queremos, por meio de análise aprofundada e debate de ideias.
Durante os seus 37 anos de existência, o Fórum da Liberdade contou com mais de 80 mil participantes, 400 oradores, 123 oradores estrangeiros, chefes e ministros de 27 países, cinco prémios Nobel, bem como líderes com mais de 50 políticos nacionais e estrangeiros. Os enormes números deste evento comprovam a vontade de encontrar soluções apesar da complexidade e dificuldade de mudar um país que luta para avançar, que carrega nas costas uma pesada máquina governamental que retarda o desenvolvimento de toda a nação.
A discussão sobre como alcançar um mundo melhor continuará a envolver ao mais alto nível e ideias para atingir este objetivo até 2025, na 38ª Edição do Fórum da Liberdade. Depois de vivenciar o maior desastre ambiental do país, o povo gaúcho está sendo posto à prova, hoje, num teste de força e resiliência, com o apoio de muitos outros povos brasileiros que demonstraram, desde maio, força individual. Esta é a força motriz por detrás das mudanças e dos caminhos para o futuro próspero que desejamos, pelo que não poderia haver melhor lugar para realizar estas discussões.
É nesta situação repleta de conflitos, desastres ambientais e desafios à democracia ocidental que nos perguntamos se ainda viveremos num mundo livre e corajoso ou se o auge da liberdade já passou. As respostas só serão possíveis através de diferentes perspectivas, pensamento crítico e amplo debate, que são os alicerces do Fórum da Liberdade. Só então poderemos criar uma sociedade próspera baseada no presente e não na promessa de um futuro que nunca chegará.
Escolha dos editores
*Por Daniela Russowsky Raad – Diretoria do Fórum de Relações Institucionais e Liberdade do IEE
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