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O Brasil está perdendo a batalha da balança comercial entre importações e importações de automóveis. Nos últimos anos, desde 2015, o país obteve muitos rendimentos, principalmente em 2017. Mas este ano, o crescimento das importações superará as importações, segundo estimativas da Anfavea. Esta é uma combinação perigosa. Para manter os níveis de emprego na indústria automóvel, as importações devem reduzir as importações. Se o balanço for volumoso, melhor ainda.
No final do primeiro semestre deste ano, face ao mesmo período do ano passado, a produção total de veículos ligeiros e pesados aumentou apenas 0,5%. Passou de 1.132 para 1.138 milhões de unidades. De janeiro a junho de 2024, as exportações diminuíram 28,3% e as importações aumentaram significativamente: 37,7%. O mau resultado contrastou com o aumento constante das vendas internas (varejo e atacado; leves e pesados), no total de veículos nacionais e importados, que cresceram 14,6%.
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Na verdade, o aumento das importações – nada contra, por mais inteligente que seja – deveu-se aos carros elétricos e híbridos, sem o foco nos produtos chineses. Os híbridos convencionais e plug-in (4,5% do total) e os veículos elétricos (2,9%) ainda representam uma parcela muito pequena das vendas de veículos leves no primeiro semestre deste ano.
Porém, a Anfavea defende a devolução imediata do imposto de importação de 35% para veículos elétricos e híbridos, sem novos aumentos de 2024 para 2026. Será difícil para o governo voltar ao que foi estabelecido.
A Associação Brasileira de Compradores e Fabricantes de Automóveis (Abeifa) reúne hoje 10 marcas entre as 50 atuantes no mercado brasileiro de veículos leves, pesados e máquinas, excluindo motocicletas.
Marcelo de Godoy, presidente da Abeifa, afirma que “medidas de segurança ou restrições alfandegárias artificiais são sempre ineficazes e perigosas para toda a cadeia automotiva”. Linguagem simples como sempre. Ele está certo em um ponto: “Além disso, poderia prejudicar as relações com um importante parceiro comercial do Brasil como a China”.
A BYD, de longe, é o maior membro da associação em termos de vendas no primeiro semestre do ano: 32.572 unidades, 71%. A GWM vendeu um pouco, mas não se envolveu. Mas há mais esperança do que isso. A empresa chinesa já previu que venderá 120 mil unidades este ano e posteriormente revisou para 100 mil. Mas a Abeifa planeja 94 mil carros registrados de 10 modelos até 2024. Um dos dois estará errado.
A produção da GM incluirá a versão híbrida original
O primeiro dos produtos incluídos no projeto de investimento de R$ 1,2 bilhão para renovar a fábrica de Gravataí (RS), conforme previsto, será um SUV compacto inédito que será baseado no Onix, ou seja, é menor que o atual Tracker. Um novo modelo está previsto para 2026. O que se espera é um modelo híbrido flex básico com alternador conectado à partida, além de uma pequena bateria auxiliar.
O GMB se convenceu, ao entrevistar os clientes, de que a conversão direta de veículos elétricos no Brasil levará tempo devido aos preços elevados e às redes de carregamento incompletas. Um híbrido completo de veículos maiores, como Tracker, Montana, S10 e Trailblazer, deve chegar na segunda fase.
Fábio Rua, vice-presidente da GM, disse que o novo produto (não disse que se trata de um SUV) está sendo desenvolvido pela equipe de engenharia da empresa, líder mundial neste projeto. Será enviado para países da América do Sul e México. No Brasil, terá como alvo principal o Kardian, o Pulse e, em breve, o modelo equivalente da VW.
Outra melhoria esperada, segundo o site Autos Segredos, é a injeção direta de combustível no motor de combustão interna. Até agora, a Chevrolet era uma das poucas marcas que mantinha a injeção multiponto no coletor de admissão por considerar uma solução barata e adequada. Porém, o tempo mostrou que esta é uma mudança prática e necessária aos olhos do mercado. Este novo SUV deve ser lançado agora.
No total, a empresa americana investirá R$ 7 bilhões no Brasil entre este ano e 2028 para renovar suas marcas, introduzir tecnologias avançadas e agregar novos negócios.
BYD continua com o plug-in híbrido Song Pro
O SUV de tamanho médio do fabricante chinês tem seu estilo e trem de força impressionantes em seu crédito. O sistema híbrido plug-in a gasolina também é uma boa característica que apresenta baixo consumo de combustível. No entanto, a média publicada de até 1.100 quilómetros refere-se ao antigo sistema europeu NEDC que foi abandonado por ser irrealista e não é utilizado desde 2017. Faz sentido continuar a citá-lo.
De acordo com a norma brasileira NBR 7024, desenvolvida e utilizada pelo Inmetro, a autonomia média é de 780 km, mas na prática pode ser um pouco melhor com a bateria totalmente carregada e o tanque cheio de 52 litros.
Por outro lado, a característica mais interessante relatada pela BYD é a eficiência térmica de 43% do pacote, comparável aos melhores motores diesel. O Song Pro, acima da versão GS com bateria maior (18,3 kW·h), entrega 235 cv e 43,8 kgf·m ao combinar, segundo a fábrica, um motor a gasolina de 98 cv e 12,4 kgf·m para o motor elétrico de 197 cv e 30,6 kgf·m. É importante lembrar que o torque combinado não pode ser medido tecnicamente em aplicações com eixo único, apesar da insistência da BYD.
A aceleração de 0 a 100 km/h em 7,9 s demonstrou melhor desempenho que o Corolla Cross híbrido medido por seu motor flex com 101 cv (etanol)/14,1 kgf·m associado apenas a 72 cv de eletricidade e 16,6 kgf ·m com motor combinado potência de apenas 122 cv.
Isso ficou claro no primeiro pequeno teste nas ruas de São Paulo. O SUV chinês tem excelente desempenho. Mas ao começar a parar há um atraso na resposta do acelerador, sem a resposta completa dos veículos elétricos. O silêncio a bordo é impressionante com janelas frontais duplas para isolamento acústico. Porém, quando você dirige em asfalto irregular ou passa por lombadas, as suspensões não têm um bom ajuste.
Ele também se destaca pelo espaço interno com distância entre eixos de 2.712 mm, um pouco menor que o Song Plus. Os passageiros do banco traseiro, além do piso plano, possuem regulagem de encosto. Os bancos dianteiros são confortáveis e o banco do condutor é ajustável eletricamente (apenas GS). O porta-malas oferece 520 litros, mas não inclui o estepe e perde espaço por conta da mala com o carregador de bateria portátil e seus cabos.
Preços: R$ 189.800 (GL) e R$ 199.800 (GS).
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*Fernando Calmon é engenheiro e jornalista especial desde 1967. Criou sua coluna semanal em 1999 e, em 2015, foi eleito o jornalista automotivo mais popular do país, são 400 especialistas na área. Ele também é especialista em automóveis, comerciante de automóveis e consultor de negociação.
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