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Em 2025, Belém do Pará sediará a COP 30 (Conferência das Partes), dando ao Brasil uma oportunidade única de mostrar aos líderes mundiais e formadores de opinião o que nosso país conquistou em termos de sustentabilidade. Todos os olhos do mundo estarão voltados para o Brasil, então até lá, temos a responsabilidade de criar uma agenda única para a COP, uma agenda que trate dos assuntos da forma que o Brasil gostaria que os assuntos fossem tratados. . representando os interesses do país e do sector agrícola. Utilizo a frase do mesmo programa, pois é impossível separar sustentabilidade e negócio agrícola, pois além de ser o motor da economia nacional, o setor é o principal centro para o alcance das metas de desempenho assumidas pelo Brasil.
Nosso país tem a oportunidade de se posicionar como fornecedor de soluções. O Brasil, juntamente com a América Latina, será um dos países com maior insegurança alimentar do mundo nos próximos anos. A COP será a nossa vitrine para mostrar onde estamos e para onde vamos em termos de sustentabilidade, por exemplo, com os excelentes resultados da estratégia ABC, que entre 2010 e 2020 reduziu 170 milhões de toneladas de dióxido de carbono equivalentes a uma área de 52 milhões de hectares, superando em 46,5% a meta estabelecida.
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Houve muitos esforços separados para desenvolver o projecto, mas nenhum esforço conjunto entre o sector privado, as empresas e o governo. A COP pode ser utilizada no interesse do nosso país, mas não pode ser um exercício defensivo. O Brasil e o setor do agronegócio precisam construir, comunicar e, acima de tudo, trazer as necessidades do país para as mesas de negociação. Precisamos sair da COP com soluções, mas, por outro lado, não há motivos para pensar em abranger todos os lados, precisamos encontrar força e protagonismo para liderar as negociações.
Durante as COPs, os países são organizados em “blocos com ideias semelhantes”, as discussões são conduzidas em blocos, não em tópicos. Nossa posição atual no G 20 e no Brics nos fortalece, para que o Brasil tenha a oportunidade de liderar os países em desenvolvimento e direcionar a forma como gostaria que as questões fossem resolvidas. Nosso país tem muito a mostrar, temos recursos ambientais valiosos, 47% da nossa energia é renovável e temos 66% das nossas terras em reserva, mas como outros países em desenvolvimento, temos problemas como o desmatamento ilegal, em. sociedade. , problemas financeiros e outros, temos dinheiro.
Para continuar seu crescimento, a agricultura brasileira precisará abordar questões importantes, apresentando a verdade e as virtudes da produção de alimentos tropicais, fibras e energia.
A primeira e mais importante coisa é que o desenho do sistema internacional se baseie em evidências científicas. Precisamos de métricas que mostrem como estamos fixando carbono no solo para que os inventários possam mostrar isso e possamos combater as medidas de conservação.
O segundo tema são os acordos comerciais internacionais onde é necessário negociar barreiras não tarifárias, proteções comerciais ocultas, como obrigações ambientais.
O terceiro tema é a discussão sobre o financiamento aos países em desenvolvimento, aquele velho debate sobre o financiamento que os países ricos prometem e não fornecem, incluindo o pagamento de serviços ambientais.
O quarto tópico, o Brasil pode se posicionar como líder mundial em biocombustíveis, uma solução para reduzir a dependência de combustíveis fósseis sem competir com a produção de alimentos, e apoiar carros híbridos em vez de carros elétricos.
Artigo quinto, pedir mudança nos ultrapassados padrões de metano, pois até que haja uma mudança nas métricas de produção, a pecuária brasileira, feita principalmente a pasto, será prejudicada.
Sexto tópico, É preciso decidir se teremos um mercado regulado de carbono, que tenha discussões com os mercados existentes no mundo e que fortaleça o mercado voluntário.
Devemos questionar as referências estabelecidas pelos países moderados que não representam a nossa realidade e transformar compromissos em ações. A proteção alimentar, energética e climática inclui a agricultura brasileira, mas esse reconhecimento não virá de graça, é nossa função fazer esse programa acontecer.
*Helena Jacinto É engenheiro de alimentos de formação e trabalhou por mais de 15 anos na Fazenda Continental, Fazenda Regalito e no departamento de seleção genética da Brahmânia Continental. Ele estudou Negócios para Empreendedores na Universidade do Colorado e é juiz de morfologia na ABCZ. Também estudou marketing e agronegócio.
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