Gabriel Bouys
Liderada por Rebeca Andrade, a seleção brasileira se classificou para as cinco finais da ginástica artística feminina dos Jogos Olímpicos Paris 2024 neste domingo (28).
Com pontuação total de 166.499, o Brasil avançou na quarta colocação nas Eliminatórias, disputadas na Arena Bercy.
A seleção brasileira, representada por Rebeca Andrade, Jade Barbosa, Lorrane Oliveira, Flávia Saraiva e Júlia Soares, ficou atrás dos Estados Unidos (que teve a melhor pontuação geral com 172.296), Itália (166.861) e China (166.628).
No individual geral, Rebeca marcou 57,700 e ficou em segundo lugar, atrás apenas da americana Simone Biles, que marcou 59,566.
Rebeca Andrade também avançou no salto, trave e solo, totalizando cinco finais.
Quem também brilhou foi Júlia Soares, de 18 anos, na sua primeira participação numa Olimpíada. Ela se destacou na quadra e conseguiu vaga na final da trave.
Flávia Saraiva, com 54,199, avançou em 11º e Jade Barbosa ficou em 20º entre os 24 finalistas, mas não poderá disputar a final porque o regulamento só autoriza dois atletas por país.
Com isso, o Brasil disputará seis finais de ginástica artística feminina: individual geral (com Rebeca Andrade e Flávia Saraiva); abóbada (Rebeca Andrade), trave (Rebeca Andrade e Júlia Soares) e piso (Rebeca Andrade).
As finais da ginástica artística começam nesta terça-feira (30), com competição por equipes.
O individual geral feminino será na quinta-feira (1º) e o salto no sábado, 3 de agosto. As barras assimétricas do dia seguinte (4) e as finais de piso e trave estão marcadas para 5 de agosto.
– Bílis brilha –
Anteriormente, três anos após sua amarga experiência em Tóquio, Simone Biles fez uma estreia brilhante nos Jogos de Paris, mostrando mais uma vez seu enorme talento.
Cercada de grandes expectativas, Biles teve um desempenho marcante que a deixou como líder da competição individual geral, aguardando a conclusão das classificações que seguirão até o final do dia.
A única sombra para a americana de 27 anos foi o desconforto que sentiu na panturrilha esquerda durante o aquecimento para o segundo exercício, no chão.
– “Ele sentiu um pouco de dor” –
O revés, porém, não a impediu de ter um ótimo desempenho no palco, nem de voar no salto de mesa, aparelho no qual executou o Biles II, o salto duplo de carpa Yurchenko que leva seu nome.
“Ela sentiu algo na panturrilha, mas só”, disse a sua treinadora, Cécile Landi, que revelou que esta dor já apareceu “há duas semanas” e agora regressou, mas não é uma preocupação para o percurso de Biles na competição.
Com o desconforto já aliviado – embora com um curativo cobrindo a perna e o tornozelo – a sorridente Biles pousou corretamente em seu último exercício, nas barras desiguais, sob aplausos da arena.
“Ainda podemos melhorar, mas foi muito bom”, reconheceu Landi.