Jack GUEZ
A judoca brasileira Beatriz Souza se classificou para a final na categoria acima de 78 quilos e brigará pela medalha de ouro nos Jogos Olímpicos de Paris nesta sexta-feira (2), enquanto Hugo Calderano foi derrotado pelo sueco Truls Moregardh na semifinal do torneio olímpico tênis de mesa e disputará a medalha de bronze.
Beatriz, de 26 anos, derrotou nas semifinais a francesa Romane Dicko, medalhista de bronze nos Jogos de Tóquio-2021 e sua algoz na final da Copa do Mundo da categoria, disputada em 2022, em Tashkent (Uzbequistão).
O adversário do brasileiro na briga pelo ouro será o israelense Raz Hershko, que na outra semifinal venceu a turca Kayra Ozdemir.
Na primeira luta, Beatriz conseguiu um rápido ippon no duelo das oitavas de final contra a nicaraguense Izayana Marenco, antes de superar a sul-coreana Hayun Kim nas quartas de final com um waza-ari no placar de ouro.
Na categoria masculina, Rafael Silva, o ‘Baby’, foi eliminado em sua estreia na categoria acima de 100 quilos, após ser derrotado por ippon pelo judoca azerbaijano Ushangi Kokauri.
‘Baby’, medalhista de bronze nos Jogos Londres 2012 e Rio 2016, volta aos tatames de Paris na competição por equipes, que acontece neste sábado (3).
No tênis de mesa, Moregardh fechou o jogo em 4 sets a 2, com parciais de 12-10, 16-14, 7-11, 11-7, 10-12 e 11-8.
No primeiro set, Hugo abriu 10 a 4 e teve seis oportunidades para fechar, mas cedeu oito pontos seguidos, deixando escapar o parcial.
O jogo seguiu equilibrado, mas com o brasileiro quase sempre atrás no placar. No final, o sueco levou a melhor e selou a vitória no sexto set.
Apesar da derrota, Hugo Calderano segue na briga pela medalha e disputará o bronze com o francês Felix Lebrun, derrotado na outra semifinal pelo chinês Fan Zhendong.
Se vencer, Hugo fará história ao se tornar o primeiro não europeu ou asiático a subir ao pódio do tênis de mesa nos Jogos Olímpicos.
– Vitórias no vôlei e basquete –
No basquete masculino, o Brasil venceu o Japão e mantém as chances de classificação na modalidade.
Com atuação de gala do ponta/pivô Bruno Caboclo (33 pontos e 17 rebotes), o Brasil conquistou nesta sexta-feira (2) a primeira vitória no basquete masculino nos Jogos de Paris, ao vencer o Japão por 102 a 84, e manteve as chances de classificação para o quartas de final do torneio olímpico.
Com o resultado, a seleção brasileira fica atrás das já classificadas Alemanha e França no Grupo B, e aguarda a combinação dos resultados dos outros grupos para saber se avança de fase como um dos melhores terceiros colocados. O Japão é eliminado.
A seleção brasileira masculina de vôlei também venceu nesta sexta-feira, ao vencer o Egito e se classificar para as quartas de final do torneio olímpico.
Sem medo, o Brasil fechou o jogo por 3 a 0, com placares de 25 a 11, 25 a 13 e 25 a 16.
Com o resultado, a seleção brasileira fica atrás das classificadas Itália e Polônia no Grupo B, garantindo-se como um dos melhores terceiros colocados entre todos os grupos.
Para conhecer o adversário das quartas de final, o Brasil precisa aguardar a definição dos jogos que ainda serão disputados nos demais grupos.
A fase de grupos do vôlei masculino em Paris termina neste sábado (3).
– “Não é transexualidade” –
Depois da polêmica criada na quinta-feira pela luta com Imane Khelif, o boxeador argelino cuja participação foi criticada por não ter passado no exame de gênero em 2023 devido aos altos níveis de testosterona, conseguiu se recuperar nesta sexta-feira depois do taiwanês Lin Yuting, o outro boxeador que foi excluído do mundial do ano passado pelo mesmo motivo, estreou nos Jogos com vitória.
Lin, que compete na categoria até 57 quilos, subiu ao ringue em Paris pela primeira vez nesta sexta-feira e derrotou a uzbeque Sitora Turdibekova por decisão unânime.
“Acho que meus adversários têm medo da minha força”, então “só procurar uma abertura já é um grande problema”, declarou o boxeador após a luta.
O Comitê Olímpico Internacional (COI), organizador do boxe em Paris-2024 após retirar autoridade da federação internacional devido aos sucessivos escândalos de seus dirigentes, saiu mais uma vez em defesa dos dois atletas: “Este não é um caso de transexualidade “, sublinhou o porta-voz Mark Adams na sua conferência de imprensa diária.
A argelina Imane Khelif “nasceu mulher, foi registada como mulher, vive a sua vida como mulher, luta boxe como mulher”, reiterou.