Alain JOCARD
Pirotecnia, choro, comida de graça e uma chuva de parabéns. A Guatemala comemora nesta quarta-feira (31) sua primeira medalha de ouro na história dos Jogos Olímpicos, obtida por Adriana Ruano no tiro Paris 2024.
“A história olímpica da Guatemala está escrita em letras de ouro graças a Adriana Ruano. Primeira medalha olímpica para uma mulher guatemalteca, primeiro ouro para o nosso país. Parabéns, Adriana!”, escreveu o presidente da Guatemala, Bernardo Arévalo, na rede social X.
Adriana, de 29 anos, também quebrou o recorde olímpico na final da Fossa Olímpica ao acertar 45 acertos em 50 tentativas. Um dia antes, Jean Pierre Brol havia conquistado a medalha de bronze, a segunda da história do país.
“Além disso, é o primeiro recorde olímpico da Guatemala. Adriana histórica”, acrescentou o governante social-democrata.
“É um grande presente de Deus e dedicado ao céu: ao meu marido que sempre a apoiou, que a amou muito”, disse Yany Oliva, mãe de Adriana, aos prantos nas arquibancadas, em vídeo do Cronistas Deportivos de Guatemala divulgado online social. O jornal Prensa Libre destacou em sua capa digital “Ouro para Guatemala!” obtido por Ruano.
“Com seu brilhante desempenho com armas de caça, Adriana Ruano deu à Guatemala sua primeira medalha de ouro nos Jogos Olímpicos”, destacou o jornal.
– Comemorações na capital –
Imagens divulgadas pelo Comitê Olímpico da Guatemala (COG) no X mostraram a queima de fogos de artifício em frente à sua sede na capital acompanhada de comemorações de diversas pessoas. Os motoristas que passavam buzinavam para comemorar.
“FESTA NA GUATEMALA!”, destacou o COG, que até recentemente havia sido suspenso pelo Comitê Olímpico Internacional (COI), devido a suposta interferência do governo na operação e que fez com que atletas guatemaltecos não pudessem participar sob a bandeira do país nas Olimpíadas de 2023. competições.
Para comemorar o triunfo histórico, o restaurante local Pollo Campero anunciou no Facebook que dará a Ruano “um ano” de refeições. A cadeia internacional de pizzarias Domino’s aderiu à mesma causa, fazendo a mesma coisa, mas durante três anos, segundo uma publicação na mesma rede social.
Antes de Paris-2024, a única medalha do país centro-americano nos Jogos Olímpicos era a prata de Erick Barrondo na caminhada atlética de 20 quilômetros em Londres-2012.
Ruano e o ciclista argentino de BMX, José ‘Maligno’ Torres, foram nesta quarta-feira os primeiros latino-americanos a conquistar a medalha de ouro nos Jogos Paris-2024.
– ‘Ele deu uma lição’ –
“Adriana deu uma aula de como arremessar na final e vencer com folga as rivais”, declarou Jean Pierre Brol, de Paris, em transmissão televisiva que contou com a participação da medalhista de ouro, apresentadores da rede Claro Sports e o presidente Arévalo da Guatemala.
Depois de parabenizar os atletas, Arévalo destacou que, com seu feito esportivo, as crianças e jovens guatemaltecos podem “sonhar” e “conquistar uma medalha nos próximos Jogos Olímpicos”.
Com a medalha de Adriana Ruano, a América Central obteve o terceiro ouro na história olímpica. A nadadora costarriquenha Claudia Poll, em Atlanta-1996, e o mergulhador panamenho Irving Saladino, em Pequim-2008, foram os únicos atletas da região que ouviram o hino de seu país no topo do pódio.
“Como a primeira mulher a ganhar uma medalha de ouro, a quebrar recordes e a ser a terceira na América Central a fazê-lo, você inspira a todos nós”, acrescentou a vice-presidente da Guatemala, Karin Herrera.