O paulista Mateus Isaac encerrou nesta quinta-feira (1º) sua participação em Paris 2024 com a 16ª colocação na IQFoil, prancha que estreou no calendário olímpico este ano.
O campeão pan-americano conquistou o quinto lugar na regata do dia, mas infelizmente não foi suficiente para avançar para as disputas de medalhas. Apenas os dez primeiros avançaram para a fase eliminatória. Para hoje estavam previstas três regatas, mas apenas uma acabou por ser realizada devido à ausência de vento.
Para Isaac, as condições complicadas de Marselha não foram as principais causas do desempenho. “Dias difíceis de competição, tivemos algumas quebras de equipamentos. Aprendi muito com coisas que estavam fora do nosso controle”, comentou o atleta.
Isaac reconheceu que esse tipo de problema faz parte do esporte, mas evitou usar isso como desculpa. “O esporte é assim. Vamos para o próximo ciclo olímpico. Eu realmente queria entrar no top 10, mas não foi dessa vez. É sobre continuar lutando e lutando.”
Isaac também mencionou a dificuldade de competir em Marselha. “Passei muito tempo treinando aqui. Marselha é um lugar difícil de competir. Esta altura do ano é bastante quente, mas isso já sabíamos, não foi culpa das condições. Acho que os problemas com o equipamento acabaram me prejudicando um pouco.”
O Brasil não teve representantes no IQFoil feminino.
Medalha não tinha
As bicampeãs olímpicas Martine Grael e Kahena Kunze não disputaram a corrida pelas medalhas na classe 49erFX. A regata de medalhas foi adiada para esta sexta-feira (2). No mesmo dia estão previstas regatas da classe 470, com a participação dos brasileiros Henrique “Gigante” Haddad e Isabel Swan.
No sábado (3 de agosto), João Siemsen e Marina Arndt disputam as primeiras regatas da classe Multicasco Misto (Nacra 17), enquanto Bruno Lobo, da classe Formula Kite, será o último velejador brasileiro a estrear nos Jogos de Paris 2024 , em 4 de agosto.
Nesta quinta-feira (1º), o Brasil teve a estreia de Gabriella Kidd na classe ILCA, conquistando o 15º lugar na única regata realizada. Bruno Fontes, competindo na versão 7 do antigo Laser, ficou na 35ª posição após duas regatas.
História da Medalha
A vela é uma das modalidades que mais medalhas trouxe ao Brasil na história das Olimpíadas. O país conquistou 19 medalhas, sendo oito de ouro. A Seleção Brasileira de Vela é comandada por Walter Böddener, além do técnico e bicampeão olímpico Torben Grael.
Alguns dos atletas participam de eventos internacionais apoiados pelo acordo de promoção da vela olímpica em parceria com a CBVela. O objetivo é preparar a Equipe Principal de Vela Olímpica e participar de campeonatos internacionais. O número do contrato é 930972/2022.