O Brasileirão, para o Flamengo de Tite, acabou

O Corinthians – 22 gols a favor, 31 contra, lutando desesperadamente contra a Série B – venceu o Flamengo por 2 a 1, neste domingo. O Rubro-Negro caminha devagar, com atuações ruins depois, caminhando para encerrar o ano limitado aos títulos – Taça Guanabara e Estadual – que conquistou no primeiro semestre.

Se uma equipa pretende ser campeã precisa apresentar um bom futebol e vencer, caso contrário estará sempre a gerir resultados e situações, que não o levarão a lado nenhum. O Brasileiro terminou hoje. O clube terá eleições em 100 dias. E o que vai perder, na prática, é a situação, que pretende continuar mandando. Se não levantar nenhum troféu – o que é definitivamente previsível – não receberá votos suficientes.

Flamengo, o melhor da América do Sul?

Outra curiosidade: o mundo diz que o Flamengo tem o melhor elenco da América do Sul, que é o mais rico do país, uma base fantástica, que não tem adversário. Mas as coisas, na realidade, não acontecem assim. Muito pelo contrário. Afinal, são sempre performances lamentáveis. E depois vem a conversa habitual: calendário, desgaste, viagens, ausências, altitude, calor, frio, chuva, sol. Ninguém critica a Comissão Técnica. E como dito, há algum tempo, o Rubro-Negro morrerá de braços dados com Tite e seus meninos.

O jogo

O Flamengo entrou disposto a segurar o resultado, pressionado pelo Corinthians, com dificuldade de vincular defesa ao ataque. O objetivo do time paulista, muito limitado, era aproveitar as falhas na desajeitada defesa adversária, o que ocorreu pela primeira vez aos 25 minutos. David Luiz, pensando em Stamford Bridge, errou ao abrir espaço para Yuri Alberto cruzar após cabeceamento de Thalles Magno: 1 a 0.

Aos 36, Varela, sem outra opção, tentou subir na área, e a bola bateu no braço esquerdo de Martinez, e após revisão, o VAR assinalou o pênalti, obviamente, que Pedro cobrou no meio do gol: 1 a 1. O curioso é que o árbitro esqueceu de expulsar o venezuelano, que já havia sido advertido com cartão amarelo. O jogo foi equilibrado, sem destaques, e aos poucos seguiu o mesmo caminho de antes do empate, já que o Flamengo não viu a cor da bola, embora o Corinthians não soubesse aproveitar. Nos acréscimos, Martinez deu o braço em Bruno Henrique e continuou em campo. Afinal, o que seria necessário para deixá-lo vermelho?

No segundo tempo…

Ao intervalo, Tite substituiu Pulgar, já avisado, pelo estreante Alcaraz, sugerindo, surpreendentemente, que pretendia tornar o Flamengo mais ofensivo. A bola mal rolou e o argentino quase marcou. Aos cinco minutos, Pedro, em jogada pessoal, bateu a bola para a direita, perto da trave. Aos sete, Bidu cabeceou livre, para fora. Depois das breves emoções, o quadro, na prática, continuou o mesmo, ou seja, o anfitrião com a bola, tentando encontrar espaço, que consegue aos 14, quando Angel Romero – que acabara de entrar – recebe cobrança de falta no gol. área e faz 2 a 1.

Aos 17 anos, Allan exibiu sua graça. Você pode começar a fechar a crônica, pois com esse personagem não há possibilidade de reação. Aos 23, Pedro é substituído por Carlinhos. Ele precisava ser salvo para a Seleção Brasileira. Aos 37, Allan – já avisado – pega Angel Romero. E o árbitro não lhe fez o grande favor de expulsá-lo. Mas ele ainda tinha um princípio de luta. Foi necessário até alterar o texto, que já estava pronto. Cacá e Alcaraz, o estreante, receberam cartões vermelhos.

O ano do Flamengo, como aqui escrito diversas vezes, terminará em setembro. De qualquer forma, resta saber quem substituirá Tite e seus meninos de ouro nos últimos dois meses da temporada.

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