Mano Menezes lamenta derrota, mas vê resultado justo: ‘Juventude jogou mais que nós’
Mano Menezes concedeu entrevista coletiva após a derrota do Fluminense por 3 a 2 para o Juventude nesta quinta-feira, em partida válida pelo jogo de ida das oitavas de final da Copa do Brasil. O treinador não reclamou do resultado e afirmou que viu como uma vitória justa do adversário.
– Acho que o resultado foi justo. Os jovens jogaram mais que nós. Fizemos o gol logo no início, mas tivemos um contra-ataque em que o Serna poderia ter rolado para o Kauã (Elias). Não conseguimos sustentar a forma como o jogo foi jogado. Quando o time não consegue, você fica dando a bola para o adversário, você vai sofrer.
A diferença de apenas um gol é motivo de otimismo para o reencontro com o time gaúcho no Maracanã. Para Mano, o resultado não foi dos piores e é perfeitamente possível se recuperar da derrota.
– Das perdas que poderíamos levar daqui, levamos as menores, pelas circunstâncias do jogo. Você sofre o terceiro gol, é um jogo aberto e perigoso. Você tem que descontar a diferença. Acho que naquele momento o time teve um pouco mais de tranquilidade, naturalmente, pela entrada de jogadores como Ganso e Arias. Arriscamos, mas depois ficamos um pouco melhor distribuídos em campo, para tentar fazer, trabalhando com volume dos dois lados, chegando na área. Até que conquistamos o 3-2 no final. Mesmo que não tenha objetivo de qualificação (na Copa do Brasil), se acabar com uma derrota com diferença mínima, sempre abre a possibilidade de pensar que tem capacidade para alcançar o resultado em casa.
As ausências de Arias e Thiago Silva também foram comentadas pelo treinador:
Esses jogadores são extremamente importantes a ponto de pensarmos em poupá-los. Quando um treinador toma atitudes como essas em um jogo de mata-mata, ele diz que as considera fundamentais para o que deseja nesta temporada. Ele precisa cuidar deles, são tão fundamentais. Isso vale para todos. Não individualizamos porque o futebol, para nós, é uma equipa. Não estou aqui para tirar o mérito de grandes jogadores que fazem a diferença através da habilidade individual. O que estamos trabalhando é para deixar o coletivo cada vez mais forte e para que o time saiba resolver seus problemas quando esses jogadores não estiverem em campo. Caso contrário, toda vez que os eliminarmos, teremos que nos contentar com a derrota. Hoje seria difícil em qualquer formação que trouxemos aqui. Foi mais difícil porque acho que cometemos mais erros do que o normal, mesmo com quem entrou – concluiu o treinador.