Durante as Olimpíadas é comum que algumas questões sejam levantadas de forma natural. Como é o caso de quem terá chances de ganhar uma medalha, qual será o esporte de maior sucesso, as surpresas, etc. Mas há um tema muito específico que eu não tinha observado tão de perto: os indicados para o “cargo” de porta-bandeira. Em Paris, o COB (Comitê Olímpico Brasileiro) escolheu Isaquias Queiroz, da canoagem, e Raquel Kochhann, do rugby sete.
Embora possa parecer supérfluo e um mero detalhe da tradição do evento, carregar a bandeira nacional gera mídia, atenção e suscita dúvidas, no mínimo, curiosidade em saber mais sobre aquele povo. Neste caso, Isaquias Queiroz é um conhecido atleta e medalhista olímpico. Agora, Raquel contou com mais uma narrativa que não só cativou o público, como também ajudou a mostrar a força do rugby no país. A atleta superou um câncer de mama e uma grave lesão no joelho que a deixou afastada dos gramados por quase 2 anos. Porém, o jogador retornou em dezembro de 2023, ganhou a confiança da comissão técnica e foi um dos 12 yaras (como são conhecidos os jogadores de rugby) nos jogos de 2024.
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Esta é mais uma da pilha de malas que o rugby carrega. Algumas silenciosas, mas não menos importantes, como o Prêmio Sou Esporte, que elegeu a CBRu como a entidade mais transparente do movimento olímpico. E os clubes de rugby não ficam muito atrás. O Jacareí Rugby inovou e recentemente tornou público o aplicativo, desenvolvido pela Spoten, para proporcionar novas experiências aos torcedores.
“Queremos estreitar a relação entre clube e torcedores. A tecnologia vem para reduzir as barreiras geográficas e facilitar a comunicação. Uma vez mapeada a torcida, podemos buscar parcerias estratégicas em toda a cidade para que o clube atue como promotor do negócio local. Além disso, temos uma vertente social muito forte e estamos envolvidos no acolhimento de jovens e crianças nos treinos das equipas”, explica o diretor de comunicação, Ícaro Leal.
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E para falar sobre a estratégia do app, o Esporte éExperience conversou com Thiago Ferreira, CTO da Spoten. Veja as perguntas e respostas abaixo:
1 – Como funcionará o aplicativo e quais benefícios ele trará para os torcedores do Jacareí Rugby?
Será um grande portal de comunicação entre torcedores e time. Por meio dele é possível conhecer os jogadores, comprar produtos, ler notícias, acompanhar os jogos e, se o time quiser, transmiti-los ao vivo. 2 – Comercialmente falando, ou seja, do ponto de vista mercadológico, qual a importância de desenvolver uma tecnologia específica para a equipe? Quais recursos o aplicativo permite neste campo?
Queremos estreitar a relação entre clube e torcedores. A tecnologia vem para reduzir as barreiras geográficas e facilitar a comunicação. Uma vez mapeada a torcida, podemos buscar parcerias estratégicas em toda a cidade para que o clube atue como promotor de negócios na cidade. Além disso, temos um envolvimento social muito forte e estamos envolvidos no acolhimento de jovens e crianças nos treinos das equipas. 3 – O torcedor, parte fundamental da indústria, busca cada vez mais a personalização no consumo do esporte. Seja através de canais customizados e moldados para apoiar suas dores e desejos. Como funciona a UX por trás da construção de um aplicativo como o Spoten?
Hoje contamos com cerca de 30 clubes, entre eles Maringá, Sousa Esporte Clube, Basquete Unifacisa, São Paulo Basquete, Magnus Futsal, entre outros, que utilizam nossas ferramentas para interagir com seus torcedores. Estamos ouvindo suas sugestões e necessidades a cada dia para construir uma ferramenta cada dia melhor e mais completa. 4 – A IA generativa tem algum impacto no trabalho da Spoten?
Em breve começaremos a construir chatbots para interagir com os fãs.
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O esporte muda vidas… transforma realidades… educa e é verdadeiramente capaz de mudar o mundo. E é aí que queremos chegar! É claro que queremos crescer em números financeiros e em clientes, mas nosso real valor será medido quando começarmos a transformar vidas. + Leia mais: veja todas as colunas Esporte é Experiência *Gilmar Junior é atleta de flag football 8×8 do Brasil Devilz, executivo de marketing da 100 Sports, jornalista, especialista em gestão e marketing esportivo e é especialista em gestão de experiência do consumidor.