A polêmica envolvendo o boxeador argelino Imane Khelif ganhou mais um capítulo neste domingo (4) nas Olimpíadas de Paris. Porém, isso não tem a ver diretamente com a lutadora, mas sim com um novo caso envolvendo lutadoras que não teriam passado no teste de gênero e que estão competindo nos Jogos.
Segundo informações do Uol Esporte, Yu Ting Lin, de Taipei Chinês (Taiwan), assim como Khelif, estaria lutando nos Jogos nas divisões femininas da nobre arte mesmo tendo sido reprovada em teste de gênero realizado na última Copa do Mundo de Boxe . Esta falha eliminou-a daquele torneio, juntamente com a argelina, pela Associação Internacional de Boxe (IBA), por ‘não cumprir os critérios de elegibilidade’.
O IBA, segundo o portal, não revela as condições e o tipo de teste a que Lin e Khelif foram submetidos. A entidade afirma que esses testes seriam ‘confidenciais’, mas negou que ambos tenham sido submetidos a testes de testosterona e que tenham sido reprovados e suspensos por possuírem, segundo critérios da associação, ‘vantagens competitivas’ em relação aos seus rivais.
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Lin disputa o torneio olímpico de boxe na categoria até 57kg e avançou às semifinais após vencer a búlgara Svetlana Staneva neste domingo (4). A taiwanesa compete apesar da recusa da IBA quanto à sua participação nas competições, pelo fato do boxe ser regulamentado nas Olimpíadas pelo Comitê Olímpico Internacional (COI), que recentemente retirou a regulamentação do esporte de sua entidade.
Tanto os taiwaneses como os argelinos foram libertados pelo COI para lutar nos Jogos Olímpicos porque, na opinião do órgão máximo do desporto olímpico, ‘preenchiam todos os critérios de elegibilidade’ para lutar na modalidade. De acordo com as regras do comitê, Ljn e Khelif passaram em todos os exames médicos que comprovariam que teriam as condições necessárias para se inscreverem nas categorias femininas.
A polêmica ganhou espaço com o caso envolvendo Imane Khelif e, principalmente, a briga que ela travou com a italiana Angela Carini. No duelo, Carini decidiu abandonar a luta após sofrer uma pancada do argelino e esse ato se transformou em uma série de polêmicas e até ‘fake news’ envolvendo o boxeador, cujo gênero foi questionado e houve muitas informações que disse que o argelino era transgênero. negado por ela e sua equipe, que reafirmaram que ela ‘nasceu, foi registrada e é’ mulher.
“Quero dizer que sou mulher e continuarei sendo mulher”,
disse a boxeadora em entrevista à NBC após sua luta no último sábado (3) contra Anna Luca Hamori, da Hungria.
“Imane sofreu muito quando criança e agora, como campeã, sofreu nesses Jogos. Onde está a humanidade? Onde estão os direitos das mulheres, as associações? Ela é a vítima aqui”
atirou no técnico de Khelif, Mohammed Chaoua.
A possibilidade de Lin e Khelif serem intersexuais (quando nascem com características sexuais não binárias) tem sido especulada mas não há confirmação se são intersexuais ou se nasceram mulheres cisgênero (quando, biologicamente, as pessoas nascem com características sexuais e características anatômicas do gênero ao qual pertencem). identificar-se).