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O VIAJANTE Indústria brasileira iniciou o segundo semestre do ano com uma queda mais acentuada do que o esperado. Além disso, julho marcou o quarto mês consecutivo de desempenho negativo da indústria. Como resultado, o setor industrial do país recuperou parte dos fortes ganhos do mês passado, marcado por uma recuperação no Rio Grande para Sul.
Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a produção industrial no Brasil caiu 1,4% em julho em relação a junho. O resultado foi pior do que as expectativas de uma queda de 0,9% numa pesquisa da Reuters. Em junho, houve um salto de 4,3%, em bases comparáveis.
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Na comparação com o mesmo mês do ano passado, a indústria cresceu 6,1%. Porém, a estimativa era de um lucro um pouco maior, de 6,3%. Segundo o IBGE, os números deixam a indústria do país 1,4% acima do nível pré-pandemia de fevereiro de 2020. No entanto, a atividade industrial ainda está 15,5% abaixo do ponto mais alto da série histórica, maio de 2020.
“A maior parte da redução reportada em julho está relacionada ao progresso significativo observado no mês anterior”, explicou André Macedo, diretor do PIM Brasil. Além disso, ele destaca que importantes plantas industriais pararam de produzir nesse período.
Macedo lembrou ainda que o resultado de junho foi influenciado pela volta à produção dos grupos afetados pelas chuvas que assolaram o Sul este ano.
A indústria é forte
No segundo trimestre, o setor industrial brasileiro cresceu 1,8%, deixando para trás uma queda de 0,1% nos três primeiros meses do ano, segundo dados do Produto Interno Bruto (PIB) divulgados pelo IBGE na véspera. A expectativa é que a indústria contribua para a economia brasileira neste ano, ainda que de forma modesta.
O IBGE destacou que em julho os resultados negativos se concentraram em apenas sete das 25 indústrias analisadas. No entanto, estes eram empregos de igual importância na estrutura industrial.
Os principais impactos negativos foram produzidos por produtos alimentícios (-3,8%); coque, derivados de petróleo e biocombustíveis (-3,9%); indústrias extrativas (-2,4%) e celulose, papel e produtos de papel (-3,2%).
“Houve queda na produção de açúcar, que foi afetada pelos efeitos da seca no Centro Sul do país, nos produtos de carne bovina e na soja. Essas coisas contribuíram muito neste mês”, disse Macedo.
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Em termos dos principais indicadores económicos, o sector dos bens de consumo registou uma queda de 2,5% na produção em Julho, face a Junho. Os preços médios caíram 0,3%. Por outro lado, a produção de bens de capital apresentou ganho de 2,5%.
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