
Caué_Diniz
Luiz Carlos Corrêa Carvalho, presidente da Associação Brasileira do Comércio Agropecuário
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“O mercado global de carbono e a correção dos relatos falsos sobre o Brasil e sua agricultura serão importantes para o nosso país”, disse na manhã desta segunda-feira (5), Luiz Carlos Corrêa Carvalho, presidente da Associação Brasileira do Agronegócio (ABAG). durante o 23º Congresso do Agronegócio Brasileiro. A Abag reúne grandes agronegócios, multinacionais do setor, corporações e instituições financeiras. O evento anual promovido pela associação, São Paulo, acontece em parceria com a B3, bolsa financeira.
Carvalho fala sobre a COP-30, no ano que vem, quando o Brasil será vitrine do mundo. O Congresso da Abag faz parte do processo de organização de propostas setoriais à Conferência das Partes (COP), ou Conferência do Clima, que é o mais alto órgão da ONU sobre mudanças climáticas, a Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (UNFCCC) .
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Para Carvalho, temas como financiamento climático, com novas contribuições escolhidas pelo país, as NDCs (Contribuição Nacionalmente Determinada), estarão em pauta. Ele diz: “Será importante prestar atenção à chamada igualdade de fronteira”. Ressaltando que na indústria agrícola o aproveitamento integral da biomassa está “empurrando o destino inevitável do Brasil para rapidamente se tornar importante no mundo”.
Para Carvalho, o Brasil deve focar em contas verdes sustentáveis, nomeadamente os biocombustíveis, que são claramente regulamentados. “Não se trata de procurar ajuda, mas de leis e regulamentos que lidem com os desafios e oportunidades da economia real. Erros aqui certamente limitarão o nosso progresso”, afirma, daí a necessidade do diálogo público e privado e da situação prática do mundo tropical numa base técnica e científica. “A atmosfera está lidando com emissões, não com boas intenções. A informação foi noticiada por Martin Wolf, do Financial Times. Note-se que em 2023, a produção de eletricidade a partir de combustíveis fósseis foi a mais elevada da história. Afinal, os países em desenvolvimento e em desenvolvimento querem aproveitar o estilo de vida dos países de alta renda”, diz Carvalho, à medida que os problemas climáticos aumentam.
“O problema climático está aumentando a um ritmo alarmante. Na verdade, esta é uma dolorosa falha de mercado. A conversão energética é muito cara, os subsídios são muito caros e o custo do reflorestamento ou da manutenção florestal não está dentro do conceito de mercado natural”, afirma. “A espada do desmatamento é ilegal tem nos atormentado todos os dias. e ações públicas para combater isso, bem como para fazer cumprir nossas Leis Florestais. Além de combater o crime, devem aumentar a produção.” O código, adotado em 2012, prevê um CAR (Cadastro Ambiental Rural), que é voluntário e autoexplicativo. , e é então definido regularmente através do PRA (Programa de Gestão Ambiental), que tem sido adiado em muitos países.
A agricultura brasileira aumentou sua produção em mais de 3,3% ao ano, enquanto o mundo cresceu 1% ao ano. Para Carvalho, a fraqueza do sistema comercial multilateral é distorcer o comércio e os mercados financeiros com ineficiências, aumentar custos e penalizar a igualdade de condições entre as empresas. “Esse tema é o foco das recomendações do Brasil ao G20, que enfatizam a necessidade de mudar o sistema de solução de controvérsias da OMC”, Organização Mundial do Comércio. “Será difícil? Certamente será. Mas sem ambição, a nossa contribuição para o G20 será decepcionante”, afirma.
A 19ª reunião do G20, que reúne as 20 maiores economias do mundo, será realizada em novembro deste ano, será realizada no Rio de Janeiro, ou seja, quase um ano antes da COP30. Carvalho diz que a agricultura precisa estar fortemente presente em ambos. “Como podemos enfrentar as rápidas mudanças climáticas globais com ações únicas? Nós, na agricultura, nos conectamos, compartilhamos e formamos alianças. Temos muitas maneiras de fazer a coisa certa, correta, para que nossa concorrência busque nela o melhor da natureza, para para si e para nós”.
O Congresso da Abag, que segue até o final desta tarde, ainda tem como temas como biocompetitividade, geopolítica e sustentabilidade, o Brasil no cenário mundial, e concorrência e oportunidades nacionais.
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