Antes de estrear nas Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa do Mundo de 2026, o técnico Dorival Jr. teve mais uma dificuldade para resolver. Após os cortes de Yan Couto e Savinho, foi a vez de Pedro se lesionar e ficar de fora do jogo contra o Equador, nesta sexta-feira. O técnico lamentou o corte e lembrou que quando o atacante melhorar as portas da seleção estarão abertas para o jogador. E nas últimas horas foi divulgada uma nota informando um novo corte, desta vez para Éder Militão, também por lesão.
“É muito difícil dizer qualquer coisa num momento como este. Nos solidarizamos com o atleta, principalmente com sua família. É o segundo momento de Pedro muito próximo e acontece a mesma situação. Que ele se recupere rapidamente, a seleção terá as portas abertas e ele sabe disso. Tenho um carinho especial e lamento que isso tenha acontecido”, comentou o treinador.
Pedro estava nos planos de Dorival para ser titular no jogo contra o Equador nesta sexta-feira (6), mas a lesão acabou mudando os planos do treinador. “Eu tinha expectativas muito positivas em relação ao Pedro, mas agora tenho que olhar mais para o lado humano, dele como pessoa, um cara especial, e me arrependo profundamente. Buscar soluções em nosso grupo em busca do equilíbrio. Dois ou três resultados que fazem as coisas andarem um pouco mais tranquilas”, disse.
“Juan e eu estávamos por trás da mudança, percebemos imediatamente que algo sério havia acontecido. Sentimos muito, principalmente por ele, pelo ser humano que é, pela figura que tem sido aqui, a mesma pessoa que conheci há alguns anos no Flamengo. Estamos de luto por uma pessoa tão especial como o Pedro”, completou Dorival.
Sem Pedro, o Brasil deve enfrentar o Equador com o trio de ataque Vini Jr, Rodrygo e Endrick. E, nas últimas horas, foi divulgada uma nota informando um novo corte, desta vez de Éder Militão, também por lesão. Em seu lugar, Marquinhos foi o escolhido, formando dupla defensiva com Gabriel Magalhães.
Dorival Jr. também falou um pouco sobre os jogos anteriores do time. “Sofremos alguns gols, a maioria deles de bola parada, faz parte do espetáculo. É um princípio que deve ser trabalhado exaustivamente. Durante a Copa América, no início dela, havia uma grande preocupação com o 3 a 3 com a Espanha e o 3 a 2 com o México. Isso soa como um problema negativo, uma situação muito negativa. Acredito sempre no equilíbrio entre compartimentos”, disse o treinador.
Acrescentou, dizendo que “tivemos que acelerar o processo para que a equipa fosse mais organizada, ao mesmo tempo que tivesse capacidade de ser dinâmica do meio para a frente. Esse dinamismo aliado às individualidades que temos.”
Outro ponto abordado pelo treinador foi em relação à defesa na Copa América. “É engraçado que na Copa América tivemos uma defesa segura e de repente a criamos. Contexto diferenciado pelo tamanho do campo, o que dificultou para todas as equipes, mas as equipes com posse de bola e que queriam criar tiveram mais dificuldade. Tivemos coisas positivas, queríamos uma posição melhor e não conseguimos”, concluiu.
Questionado também sobre os jovens jogadores da equipe assumirem mais responsabilidades, Dorival comentou: “Essas são as mudanças que todos exigiram, exigiram e estão acontecendo. Não há nenhuma mudança deste tipo com resultados imediatos. Os meninos passam da condição ao protagonismo. Endrick não é titular de um dos maiores clubes do mundo, mas está num elenco de 20 jogadores com contexto global. Se amanhã ou depois jogo 90 ou 100 minutos no mesmo horário, é um fato que não levo muito em conta. A maioria deles está no início da temporada, são poucos jogos. São jogadores com experiência e vivência, mesmo os mais novos. Já têm capacidade para medir as condições necessárias se tiverem que passar 90 minutos de jogo ou 100 minutos com o mesmo horário amanhã ou depois.
Sobre o retorno à capital paranaense, o treinador relembrou a passagem pela cidade. “A situação é incômoda, temos consciência disso e precisamos de atenção especial. Estou feliz por voltar. Joguei como atleta, técnico do Coritiba e do Athletico. Momentos importantes da minha carreira. Valorizo e agradeço o reconhecimento que recebi aqui.”
Dorival também comenta sobre entregar um bom jogo para a torcida nesta sexta. “Temos a obrigação de entregar o nosso melhor aos torcedores. Acredito que teremos esse apoio, nada diferente do que vimos aqui em Curitiba nos últimos dias. Mas, para que essa interação ocorra, a Seleção terá que dar uma resposta positiva dentro de campo para trazer torcedores para se juntarem a nós durante o jogo.”
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Bruno Guimarães
Com passagem importante pelo Athletico Paranaense, o meio-campista Bruno Guimarães comenta seu retorno a Curitiba. O jogador está muito feliz por jogar na capital paranaense e espera que o local ajude na fase atual da seleção brasileira. “É um novo começo para nós, ainda mais depois desta última Copa América. Essa é uma cidade onde tenho muita história, fiquei muito feliz. Treinamos no CT do Caju, onde morei muito tempo. Estou muito feliz por estar de volta aqui. Espero que tudo corra bem aqui em Curitiba, uma cidade muito especial para mim”, disse o jogador em entrevista coletiva nesta quinta-feira.
O meio-campista do Newcastle também analisou uma possível dupla com André, meio-campista da seleção nacional. “Espero uma equipe com muita movimentação, com muita liberdade (com o André). Queremos dificultar o gol deles. Acho que foi isso que Dorival pensou. Sem dúvida terei mais participação no ataque, entrando mais na área, algo que gosto de fazer”, completou Bruno.