O maior ídolo da história do Flamengo, Zico, também esteve presente na despedida do companheiro Adílio, falecido em decorrência de um câncer no pâncreas.
O velório do ex-jogador acontecerá na sede do clube carioca, na Gávea, e durará até as 14h (horário de Brasília), e contou com a presença de diversos ex-atletas e torcedores.
Dessa forma, o grande camisa 10 falou sobre a amizade que teve com o eterno camisa 8 fora de campo e elogiou o companheirismo da geração dos anos 80, a mais vitoriosa do Rubro-Negro.
“Tudo o que os outros disseram é a pura verdade. Ele é um cara diferente, como ser humano e como profissional também. Ele foi lá fazer o que gostava, o que aprendeu a fazer, que foi jogar futebol. Então ele não incomodou ninguém, não incomodou ninguém, ele fez o jogo dele. E os oponentes sentem isso. Eles percebem o que o cara está fazendo em campo. Então ele foi incrível”, afirmou.
Anos de amizade
Durante o velório, Zico também relembrou a chegada de Adílio ao Flamengo, ainda no futebol de salão, antes de ser incorporado ao elenco que conquistou a torcida e o Brasil. Ele explicou que a amizade permaneceu mesmo depois de pendurar as chuteiras e falou sobre a grave doença do companheiro.
“Muitas histórias e anos de amizade. Desde quando ele estava chegando no clube, jogando futebol de salão, junto com o Júlio César e depois entrando para o nosso grupo. Convidei-o para ser professor, treinador no CFZ e foi co-proprietário do Jogo das Estrelas. Aquele irmão que não é de sangue, mas faz parte da família. Sabíamos que era sério, nos comunicamos por telefone. Ele não gostava de incomodar ninguém e falar sobre seus problemas. Infelizmente, quando o câncer voltou foi muito agressivo, tentaram fazer de tudo, mas não foi possível”, explicou.
“É doloroso para todos nós perder uma pessoa tão conectada. Não só para o futebol, parece que há uma imagem de que só temos ligação com o futebol, mas este grupo não é isso”, acrescentou.
Adílio e Andrade, ao lado de Zico, fizeram parte do maior meio-campo da história do Flamengo. O trio, por exemplo, foi titular contra o Liverpool (ING), quando o Rubro-Negro foi campeão mundial no Japão, no dia 13 de dezembro de 1981. Além disso, os ex-donos das camisas 6, 8 e 10 ergueram troféus estaduais, nacionais e, claro , Libertadores.
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