Gabriel Bouys
Tom Cruise na cobertura do Stade de France, lendas do ‘Toque Francês’ na trilha sonora ou a espetacular passagem do bastão para Los Angeles: os artistas finalizam os detalhes da cerimônia que pretende encerrar os Jogos Olímpicos em grande estilo Domingo (11) .
Duas semanas depois da inauguração inédita no Sena, com show ousado e inclusivo, mas criticado por alguns setores conservadores, as expectativas são grandes para o show de encerramento que acontecerá no domingo, entre 16h e 18h15, horário de Brasília, no Estádio de França.
– celebridades americanas –
Depois do brilho da tão esperada cerimônia de abertura, da qual participaram grandes divas como Lady Gaga, Céline Dion e Aya Nakamura, os organizadores não podem decepcionar agora.
E para esta missão impossível, quem melhor do que Tom Cruise, o mais ousado dos astros de Hollywood? Sua presença também lhe permitiria servir de ponte entre Paris, onde filmou algumas de suas perseguições mais espetaculares, e Los Angeles.
Segundo a imprensa americana, o ator poderia realizar um número espetacular que culminaria na transferência da bandeira olímpica entre Paris e Los Angeles, incluindo sequências de vídeo filmadas nos dois lados do Atlântico.
– ‘Toque francês’ –
Uma das grandes incógnitas é quais outras estrelas internacionais o acompanharão no final destes Jogos, que têm atraído aos seus stands inúmeras celebridades, como o rapper Snoop Dogg – presença habitual nas competições – ou os atores Sharon Stone e Ryan Gosling.
O performer Omar Sy, muito querido pelo público francês e radicado em Los Angeles, também é um dos nomes que ressoa.
A nível musical, o espetáculo terá banda sonora original, novas releituras e a participação de cantores mundialmente famosos. Segundo o jornal Le Parisien, os grupos Air e Phoenix – lendas do electro e representantes do ‘French Touch’ – estarão presentes.
Há quem sonhe também com uma atuação surpresa de Beyoncé, fervorosa apoiadora da seleção americana nas redes.
– Arte urbana –
Além das estrelas, mais de uma centena de performers, acrobatas, dançarinos e artistas circenses prometem transformar o estádio numa gigantesca sala de concertos. Haverá danças, contorções, teatro de gestos e influência das artes urbanas.
Parte do espetáculo, que será orientado pelo breakdancer francês Arthur Cadre, acontecerá no ar, enquanto os palcos gigantes, figurinos e luzes projetam os espectadores numa viagem entre o passado e o futuro.
– Polêmica –
Outra grande incógnita é se o tom do show será o mesmo da cerimônia de abertura, que foi uma celebração da diversidade.
O evento quebrou recordes de audiência e atraiu muitos comentaristas. Mas também suscitou críticas de autoridades religiosas e de setores conservadores e de extrema-direita, desde o norte-americano Donald Trump ao turco Recep Tayyip Erdogan, que o considerou ofensivo e imoral para a religião cristã.
Tanto Thomas Jolly como alguns dos artistas que participaram sofreram violentas campanhas de assédio na Internet, que foram condenadas pelos organizadores e pelo presidente francês Emmanuel Macron, e que estão agora a ser investigadas pelos tribunais.
– Protocolo –
“As críticas positivas (…) foram infinitamente mais numerosas do que algumas críticas negativas”, disse Thierry Reboul, diretor executivo de cerimônias da RTL. O fechamento ocorrerá “conforme planejado”, acrescentou.
Além da entrega da bandeira olímpica a Los Angeles, a cerimónia incluirá outros importantes momentos protocolares: a entrega das últimas medalhas, o desfile dos atletas, o apagamento da chama, bem como a proclamação do encerramento do evento. Games, pelo presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), Thomas Bach.