CHARLY TRIBALLEAU
A campeã mundial Argentina, defensora do título continental, tentará nesta terça-feira (9) avançar para a final da Copa América contra o Canadá, uma semifinal surpresa, numa reedição do duelo que abriu o torneio (vitória da Albiceleste por 2 a 0) .
Naquele jogo do dia 20 de junho, em Atlanta, o primeiro da seleção canadense na história do torneio, Messi não marcou, mas deu assistência para o gol de Lautaro Martínez, artilheiro da competição (4 gols).
Mas a nova versão da partida, que será disputada no MetLife Stadium, em East Rutherford (Nova Jersey), promete ser diferente porque a Argentina não conseguiu ser tão superior quanto o esperado durante a competição e o Canadá mostrou que não é tão frágil quanto imaginado.
A ‘Albiceleste’ terminou a primeira fase como líder do Grupo A, depois de vencer também o Chile (1-0) e o Peru (3-0), mas não teve vida fácil nas quartas-de-final contra o Equador (1-1 em os 90 minutos) e, para avançar, dependeu mais uma vez do goleiro ‘Dibu’ Martínez, que defendeu dois pênaltis na disputa de pênaltis e foi o herói na tensa vitória por 4 a 2.
Depois de perder para a seleção argentina na primeira rodada, o Canadá se recuperou e conseguiu se classificar no grupo, vencendo o Peru (1 a 0) e empatando com o Chile (0 a 0).
Mas o melhor momento da seleção foi nas quartas de final contra a Venezuela, que teve três vitórias na fase de grupos. Após empate em 1 a 1 no tempo normal, os canadenses venceram na disputa de pênaltis (4 a 3).
– Messi 100%? –
Apesar de ter jogador há 90 minutos, Messi sentiu o músculo adutor da coxa direita no primeiro tempo contra o Chile. Contra o Peru, ele descansou por precaução e contra o Equador esteve longe de fazer sua estreia.
É sabido que Messi odeia ir para o banco, por isso sua titularidade contra os canadenses está garantida, mas não sua recuperação total, apesar de ter treinado com o grupo em igualdade de condições após o jogo com o Equador.
Dificilmente o técnico Lionel Scaloni fará muitas mudanças no time em relação ao time que entrou em campo nas quartas de final, e uma delas estaria relacionada à presença de Ángel Di María.
O experiente meia-atacante foi titular contra o Canadá, mas contra Chile e Equador foi substituído por Nicolás González. Marcos Acuña, recuperado de uma contratura muscular, deverá regressar à lateral-esquerda.
– O sonho canadense –
Por ser estreante na Copa América, o Canadá merece aplausos e reconhecimento. A equipe conseguiu eliminar o Chile no Grupo A e, contra todas as probabilidades, venceu a Venezuela nas quartas de final.
“O jogo contra a Argentina terá que ser o melhor que já disputamos. Não vamos ficar sentados e apenas tentar defender. Seremos agressivos. Vamos tentar jogar como queremos.” jogar e ver se conseguimos manter o nível”, alertou o técnico canadense, o americano Jesse Marsch, no cargo desde meados de maio.
A seleção canadense não possui talentos individuais de destaque, apesar da presença do versátil lateral Alphonso Davies, do Bayern de Munique e procurado pelo Real Madrid.
O goleiro Maxime Crépeau, da MLS Portland Timbers, despontou como herói na disputa de pênaltis contra os venezuelanos, mas o Canadá se caracteriza mais pelo espírito combativo, força física e solidez defensiva do que pelo futebol proposital.
– Prováveis escalações:
Argentina: Emiliano Martínez – Nahuel Molina, Cristian Romero, Lisandro Martínez, Nicolás Tagliafico ou Marcos Acuña – Rodrigo De Paul, Alexis Mac Allister, Enzo Fernández – Lionel Messi, Lautaro Martínez e Nicolás González ou Ángel Di María. Técnico: Lionel Scaloni.
Canadá: Maxime Crépeau – Alistair Johnston, Moise Bombito Lumpungu, Derek Cornelius, Alphonso Davies – Jonathan Osorio, Stephen Eustaquio – Richmond Laryea, Jonathan David, Jacob Shaffelburg – Cyle Larin. Treinador: Jesse Marsch.