Mais da metade das empresas pretende aderir antecipadamente às novas regulamentações que padronizam os relatórios ESG e de sustentabilidade. A adoção obrigatória é prevista para 2026 pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM)
, mas 68% das empresas de capital aberto já estão se preparando. Isto é o que revela o estudar
O papel estratégico do RI: como a comunicação, as novas regulamentações ESG e a inteligência artificial podem influenciar o valor das empresas
da Deloitte em parceria com o Instituto Brasileiro de Relações com Investidores (Ibri).
A pesquisa foi realizada com 51 empresas, das quais 37% estão listadas na B3 e 18% no exterior, e mostra que a área de Relações com Investidores (RI) está se tornando essencial para o crescimento sustentável. Atualmente, 76% das empresas possuem uma área de RI estruturada, sendo que 51% implementaram essa estrutura nos últimos cinco anos.
No total, 57% das empresas possuem um comitê gestor para iniciativas ESG. A nova regulamentação da CVM enfatiza a necessidade de um profissional especializado em ESG para estabelecer métricas, comunicar objetivos e integrar essas agendas às áreas de negócio. Entre as empresas sem esse especialista, 22% pretendem contratar nos próximos anos.
Desafios e benefícios da adoção de novos padrões
Os desafios incluem custos, identificação de métricas relevantes e conexão dos relatórios ESG aos relatórios financeiros. Entre eles estão a falta de padronização dos dados (60%), informações dispersas (58%), dificuldade de mensuração dos impactos financeiros (52%) e falta de equipe especializada (42%). Apesar disso, 70% das empresas adotam algum tipo de estrutura
para padronizar relatórios.
A nova regulamentação para reporte de indicadores de sustentabilidade e ESG visa aumentar a clareza e comparabilidade dos relatórios (73%), ajudar no desenvolvimento de políticas de controle (64%) e mitigar riscos como lavagem verde
e outras práticas (51%).
Importância da inteligência artificial e das redes sociais
A pesquisa também aborda o uso da inteligência artificial (IA) e da inteligência artificial generativa (GenAI). Embora apenas 17% das empresas já utilizem estas tecnologias, 35% planeiam adotá-las no próximo ano. As áreas impactadas incluem automação de relatórios, análise financeira e comunicações com investidores. Os desafios incluem a necessidade de formação (70%) e a garantia da transparência e segurança dos dados (53%). Esses fatores destacam a complexidade enfrentada pelas empresas ao incorporar novas tecnologias.
Com a crescente relevância dos investidores individuais, 84% das empresas reconhecem as redes sociais como uma importante fonte de informação sobre a economia e os investimentos. Além disso, 55% acreditam que finfluencers
contribuir para o aumento de investidores individuais.
Cerca de 37% vêem positivamente o impacto dos influenciadores no mercado de investimento, apontando a democratização da educação financeira (81%), o envolvimento direto com os investidores (75%) e a partilha de experiências (63%) como as principais razões para esta conclusão .
Aqueles que discordam (18%) apontaram a comunicação inadequada dos fatores de risco e o foco excessivo nas tendências de curto prazo (88%) e a falta de transparência sobre as informações apresentadas (75%) como razões para ver os influenciadores de forma negativa. mercado financeiro digital. Quase metade (45%) das organizações afirmaram ver a popularização do finfluencers
como neutro no mercado de relações com investidores.
No total, 82% das empresas defendem uma regulamentação mais rígida por parte da CVM e da Anbima para mediar a relação entre influenciadores e investidores.
Agenda de diversidade e inclusão cresce nas empresas
O inquérito indica também que as iniciativas de diversidade, equidade e inclusão estão a crescer, com mais de um terço das empresas na fase intermédia e 26% na fase final.
Segundo a pesquisa, os principais motivadores para a promoção da diversidade, equidade e inclusão nas empresas são o fortalecimento da cultura organizacional (70%), a demonstração de responsabilidade social corporativa (70%), as políticas e compromissos inerentes à empresa (62%) e a atração de talentos (60%). ).
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