O Federação Internacional de Ginástica (FIG)
considerou que o húngaro Noemie Gelle,
técnica de ginasta Fanni Pigniczki,
não fez um gesto supremacista durante a sessão de qualificação geral da ginástica rítmica nas Olimpíadas de Paris-2024. Segundo a entidade, o profissional deu sinal de “ok” para as câmeras. A informação foi publicada pelo UOL nesta sexta-feira (9).
A polêmica envolvendo Gelle aconteceu nesta quinta-feira (8). Enquanto aguardava o placar de Pigniczki, o treinador fez um sinal para as câmeras que lembrava as letras “WP”, que significa “Poder Branco”
(White Power, na tradução para o português). O gesto é comumente usado entre grupos nazistas e de supremacia branca.
A FIG, porém, considerou o gesto um sinal de “ok” e citou um texto da Liga Antidifamação, que destaca que a expressão “é usada desde o século XVII, na Grã-Bretanha, e significa compreensão, consenso, aprovação ou bem-estar.”
Além disso, a FIG, que rege a ginástica mundial, afirmou que apenas os meios de comunicação brasileiros contataram a entidade para perguntar sobre o assunto. “O sinal tem um significado particular no Brasil”, declarou.
Por fim, a Federação também condenou os ataques dos internautas brasileiros aos húngaros. “Não há lugar para esse tipo de coisa na ginástica e a FIG condena veementemente essas atitudes”, declarou.
Comité da Hungria também defende
O Comitê Olímpico Húngaro adotou a mesma linha quando questionado sobre o assunto. Segundo a entidade, Gelle afirmou que deseja um melhor desempenho de sua equipe.
“Entramos em contato com a treinadora e ela disse que queria que o desempenho de sua atleta fosse uma marca de excelência. Não houve contexto intencional no gesto que ela fez com as mãos”, comentou.
O Comitê Olímpico Internacional ainda não se pronunciou sobre a polêmica que circulou nas redes sociais.
Vale lembrar que, na semana passada, o COI cancelou a credencial de um funcionário por fazer o mesmo gesto. Na ocasião, a placa foi avistada durante a final do skate de rua feminino, que terminou com a medalha de bronze para a brasileira Rayssa Leal.
No caso da seleção húngara, nenhuma punição esportiva seria possível nesta edição das Olimpíadas. Na prova de ontem, Pigniczki ficou fora da lista das dez melhores ginastas do individual geral.
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