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Você iria atrás de um atleta que te inspira ou de um cantor que você gosta? Um estudo da Collinson International projeta que muitas pessoas farão isso nos próximos anos: o turismo esportivo e musical será um uma indústria que valerá US$ 1,5 trilhão (R$ 8,5 trilhões) até 2032. Este crescimento significativo reflecte a crescente popularidade dos eventos desportivos e musicais como atracções turísticas.
O estudo, que incluiu cerca de nove mil visitantes de 17 países, explica este fenómeno em termos de visitantes: “As pessoas valorizam mais as experiências do que as coisas”, explica Christopher Ross, presidente da Collinson International. “Se você vai a um evento esportivo ou musical, a experiência não começa na entrada no estádio. É o plano, a jornada em si e a alegria.”
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Visualizações em estádios, pistas e quadras
Atualmente o turismo esportivo é estimado em US$ 565 bilhões (R$ 3 trilhões), a expectativa é que o turismo esportivo atinja US$ 1,3 trilhão (R$ 7 trilhões) dentro de oito anos. A pesquisa revelou que 83% dos visitantes assistiram a eventos desportivos nos últimos três anos ou planeiam fazê-lo nos próximos 12 meses.. Os esportes mais populares incluem futebol (69%), Fórmula 1, basquete, Olimpíadas e tênis.
Tomemos o exemplo de Jogos Olímpicos de 2024: Paris costuma receber cerca de 12 milhões de visitantes entre julho e agosto, mas este ano o escritório de turismo da cidade propôs 15,3 milhões de turistas. Entre 24 e 27 de julho, a capital francesa recebeu 650 mil turistas, um aumento de 20% em relação a 2023, segundo o primeiro relatório da agência internacional de atração da região, Choose Paris Region.
O Brasil é único em seu amor pelos esportes. O país está entre os 10 com maior número de torcedores nas Olimpíadas de Paris, com destaque para esportes como ginástica, vôlei e skate – a procura por ingressos foi tão grande que o COB anunciou na semana passada que precisa fazer um acréscimo. 57 mil ingressos disponíveis apenas para turistas que chegam do Brasil. Sobre 88% dos brasileiros vão a jogos de futebole 85% dos fãs de desporto e música exploram novos sites para ver as suas imagens.
Atrás do seu artista favorito
O turismo musical também apresenta um crescimento significativo, com uma contribuição econômica prevista de US$ 13,8 bilhões (R$ 78 bilhões) para 2032, mais que o dobro do valor atual de US$ 6,6 bilhões (R$ 37 bilhões). Segundo a pesquisa, 71% dos visitantes visitaram uma exposição nos últimos três anos ou pretendem fazê-lo nos próximos 12 meses. Entre os eventos mais populares estão Rock in Rio, Coachella e “Eras Tour” de Taylor Swift.
Taylor Swift, é claro, é um excelente exemplo de artista único que reúne multidões. Entre março e dezembro do ano passado, “Eras” percorreu a América e se tornou a primeira turnê da história a arrecadar mais de US$ 1 bilhão. O efeito Swift é real. Na Filadélfia, o impacto da exposição foi tão grande que o banco central da América se associou à recuperação da indústria hoteleira na região.
Se a etapa europeia (até 20 de Agosto) produzir algo próximo de qualquer coisa, as economias de lugares como Dublin e Varsóvia sentirão a mudança sísmica. Em Londres, autoridades estimam que os oito shows da cantora pop na cidade gerariam 300 milhões de libras para a economia.
Outro exemplo importante foi o mega show de Madona Copacabana. Naquela época, a semana da exposição, entre 28 de abril e 4 de maio, registrou aumento de 27,3% nas passagens aéreas para a capital fluminense, em relação ao mesmo período do ano passado. Este evento reuniu pessoas de diversas partes do mundo, como Argentina (aumento de 20,4% no preço dos ingressos), Chile (14,1%), Estados Unidos (12,7%), França (11%) e Reino Unido (6,4% ). ).
O impacto financeiro do turismo musical e desportivo
Cerca de 77% chegam um ou dois dias antes do evento e 80% ficam um a três dias depois. Mais da metade dos turistas gasta mais de US$ 500 (R$ 2,8 mil) em cada viagem, sem contar ingressos para shows e eventos esportivos.
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Tudo isto resulta num enorme impacto económico. O Grande Prêmio de Fórmula 1 em Las Vegas, por exemplo, gerou impacto de US$ 1,5 bilhão (R$ 8,5 bilhões). A “Eras Tour” de Taylor Swift gerou um aumento de 45% nas vendas de passagens aéreas.
Empresas como Marriott International, Auberge Resorts Collection e Blackberry Farm Resort utilizam essa abordagem oferecendo benefícios e experiências de viagem.
4 razões que explicam o boom:
- Maiores oportunidades, com muitos eventos esportivos e musicais para escolher
- A expansão internacional de equipas desportivas novas e existentes através da televisão e do streaming incentivou os adeptos a viajar
- Os fãs de música acham que pode ser ainda melhor ver um artista no exterior
- Após esta pandemia, os fãs de música estão de volta em busca de experiências novas e aprimoradas.
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