O caso do assassinato de Eliza Samudio será transformado em documentário. A morte da então modelo em 2010, na época com 25 anos, chocou o país, principalmente pelo responsável pelo crime, o goleiro Bruno Fernandes, então titular do Flamengo. A produção “A vítima invisível: o caso Eliza Samudio” estreia no dia 26 de setembro.
O documentário é dirigido por Juliana Antunes e lança luz sobre a trajetória de Eliza, além de enfatizar os acontecimentos que antecederam o desaparecimento da modelo, tudo sob o ponto de vista da própria vítima. Além disso, a produção mostrará “detalhes inéditos do caso que foram negligenciados na época”.
Já em liberdade condicional, Bruno foi condenado a 20 anos e nove meses de prisão em março de 2023, pelo triplo homicídio de Eliza, além do sequestro e cárcere privado de Bruninho, filho do goleiro com a modelo. O ex-jogador do Flamengo também foi condenado por esconder cadáver. No entanto, a pena acabou extinta após o Tribunal decidir que o crime havia caducado.
Documentário detalha a relação entre Eliza e Bruno
O caso entre Eliza e Bruno começou em 2009. Os dois teriam se conhecido através de amigos e conhecidos. No mesmo ano, em maio, a modelo descobriu a gravidez de Bruninho. Segundo seus relatos, a goleira se dispôs a dar apoio no início, mas logo depois passou a atacá-la. Meses depois, Eliza prestou queixa à polícia por agressões, ameaças e sequestros.
Em um dos episódios relatados pela modelo, Bruno supostamente a forçou a tomar pílulas abortivas. Em seguida, o goleiro a atacou com tapas, enquanto homens com armas apontadas para ela ajudaram na ação. Na época, Eliza estava grávida de cinco meses.
Resultado trágico
No dia 4 de junho de 2010, Eliza Samudio saiu do Rio de Janeiro para se encontrar com Bruno em Belo Horizonte. Confiante na promessa do goleiro de que teria um apartamento e no reconhecimento da paternidade do filho, a jovem modelo seguiu viagem com Luiz Henrique Romão, o Macarrão, secretário e melhor amigo do jogador. Um menor armado estava escondido no porta-malas.
Seis dias após o sequestro, Eliza acabou sendo levada para a casa de Marcos Aparecido dos Santos, conhecido como Bola. Segundo relatos dos envolvidos, presentes no inquérito policial e também no processo criminal, Bola teria estrangulado e matado a modelo. O corpo foi posteriormente desmembrado e continua desaparecido até hoje.
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