Jesus ajudou a colocar o Botafogo nas quartas de final da Libertadores
Igor Jesus tem se saído melhor do que o esperado desde sua recente chegada ao Botafogo. Afinal, em apenas 13 partidas, ele marcou seis gols, decidiu partidas importantes e conquistou o favor do público alvinegro. Tanto pela atuação nas quatro linhas quanto pelo carisma com sua celebração do Kamehameha (do anime “Dragon Ball Z”), ele se tornou o preferido da galera. O início meteórico, porém, não surpreende quem já o conhecia desde cedo. É o caso do técnico Igor Guerra. Acompanhou o jogador nas categorias de base do Coritiba.
“Ele sempre foi um artilheiro. Foi uma questão de oportunidade. Portanto, minhas expectativas em vê-lo no Botafogo eram muito altas. Ainda mais numa disputa saudável e difícil com o Tiquinho”, disse o treinador, em contato com a reportagem do time. Jogar10
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Guerra, no fundo, sabia que Jesus não seria um mero coadjuvante no Botafogo, mesmo quando o clube, no início do ano, procurava uma sombra para Tiquinho. O camisa 99 não só preencheu a lacuna, mas também colocou o companheiro na condição de “reserva de luxo” e assumiu a liderança na melhor média de gols do elenco: 0,46 por partida, contra 0,43 do artilheiro da temporada no Estrela Solitária, Júnior Santos , com 18 gols. Além disso, a fera garantiu quatro assistências neste curto espaço de tempo.
“O biótipo impressionou. Ele tinha boa altura e força física para a posição. Jogou de pivô, se destacou nas jogadas aéreas e finalizou muito bem. Ele criou muitas oportunidades. Para ele e para quem estava ao lado dele. As qualidades indicavam que ele iria longe”, confirmou Guerra, que também já trabalhou com nomes como Yan Couto (lateral-direito do Borussia Dortmund), Matheus Cunha (atacante do Wolverhampton) e Luiz Henrique, do próprio Botafogo.
Igor Jesus na base
O treinador acompanhou a evolução do artilheiro ainda pré-adolescente em Curitiba. O primeiro contato foi no grupo de acompanhamento, onde treinadores das categorias menores participavam das avaliações e seleções dos atletas do Coritiba. Na capital paranaense, o jogador só poderia ir para hospedagem a partir dos 14 anos. Mas Jesus, em 2013, já havia se destacado em um torneio sub-13 e estava pronto para dar mais um passo. Em 2015, os dois iniciaram a parceria, em definitivo, no sub-14.
Quase uma década depois, Jesus conquistou fervorosos torcedores para a convocação para a Seleção Brasileira, seguindo os passos de Luiz Henrique.
“Os dois (Igor Jesus e Luiz Henrique) trabalharam para aprimorar suas qualidades e amadurecer para o jogo. Hoje, eles tomam decisões melhores nas partidas. Fora de campo, sempre tiveram alto nível de comprometimento, dedicação e foco. Eles parecem ser muito disciplinados. Assim, Igor Jesus tem potencial para chegar à seleção brasileira”, observou Guerra.
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