Com a aproximação do Dia dos Pais, que será comemorado no domingo, 11 de agosto, as expectativas para o comércio são animadoras, embora o cenário econômico atual traga algumas nuances. Segundo levantamento da Confederação Nacional dos Dirigentes de Varejo (CNDL) e do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), realizado em parceria com a Offerwise, a data deve movimentar R$ 25,56 bilhões em comércio e atrair 110,9 milhões de brasileiros às compras.
O estudo revela que 51% dos consumidores pretendem adquirir presentes na primeira semana de agosto, enquanto 22% já compram desde julho. Aproximadamente 12% das pessoas esperam deixar suas compras para os últimos dias antes do Dia dos Pais. Esse comportamento pode refletir uma combinação de pressa e tentativa de aproveitar as melhores ofertas disponíveis.
Para o comércio, isto representa uma oportunidade importante para o movimento económico. O presidente da CNDL, José César da Costa, destaca que a data representa um impulso significativo para o setor e lembra que os consumidores que deixam as compras para a última hora podem enfrentar dificuldades em encontrar melhores opções e negociar preços.
A Pesquisa Nacional realizada pela Associação Comercial de São Paulo (ACSP) indica que, entre os consumidores que pretendem comprar presentes, 42,8% estão dispostos a gastar mais que no ano passado, enquanto 34,2% planejam gastar menos. A maioria, 69,3%, deveria gastar entre R$ 50 e R$ 300. Nas categorias de presentes, vestuário, calçado e acessórios continuam a ser os mais procurados, representando 38,2% das intenções de compra. Contudo, esse percentual ainda é inferior ao observado antes da pandemia.
Além dos presentes tradicionais, como perfumes (25,7%) e relógios (11,8%), um número considerável de consumidores também optará por almoços em restaurantes (14,3%). Este regresso aos hábitos pré-pandémicos pode sinalizar uma tendência crescente de valorizar as experiências em detrimento dos bens materiais.
Embora os bens digitais, como celulares e computadores, representem apenas 14,3% das intenções de compra, e o parcelamento esteja em declínio devido ao alto custo do crédito, a preferência pelo pagamento à vista continua forte. Segundo Ulisses Ruiz de Gamboa, economista da ACSP, a tendência é usar dinheiro e cartões de débito em vez do PIX para pagamentos à vista.
Em suma, o Dia dos Pais deste ano deverá trazer um volume de vendas significativo, com os consumidores a equilibrarem as suas compras entre presentes e experiências tradicionais. Apesar das dificuldades económicas, como a inflação e as altas taxas de juros, o comércio está preparado para aproveitar o potencial desta data, que promete ser um alívio bem-vindo para o setor.