Abel Ferreira pediu desculpas na tarde desta sexta-feira (12) após usar expressão xenófoba em coletiva de imprensa após o Vitória do Palmeiras sobre o Atlético-GO por 3 a 1,
última quinta. Nas redes sociais, o treinador admitiu que errou ao dizer “time de índios” durante sua explicação.
“Repudio toda e qualquer forma de preconceito e discriminação. Infelizmente, há expressões que continuamos a perpetuar sem nos atentarmos ao seu conteúdo. Errei ao usar uma dessas expressões na coletiva de imprensa. Reconheço que as palavras têm poder e impacto, independentemente da intenção. Todos devemos questionar, pensar e melhorar a cada dia. Peço desculpas a todos e, principalmente, às comunidades indígenas”, informa o texto assinado pelo comandante alviverde.
O técnico do Palmeiras estava analisando o papel que determinados jogadores desempenham durante a partida, o que proporciona mais dinâmica e equilíbrio ao time. Porém, citou os indígenas como referência de desorganização.
Abel ‘escorregou’ em conferência de imprensa
“O Aníbal tem uma dinâmica muito boa e por isso queríamos muito este jogador. A direção não pôde trazer quando precisávamos, porque não era suficiente. Foi aí que conseguimos e numa boa hora que trouxemos ele. Eu diria que ele é o equilíbrio, o pêndulo da nossa equipe. Dá confiança àqueles quatro, cinco, seis que chegaram na área, e ele com o Vitor Reis hoje e o Gómez, e o Rocha ou o Mayke, consegue equilibrar o time e dar liberdade para quem está na frente para atacar”, declarou.
Depois veio o deslize do treinador.
“Porque este não é um time de índios. Existe uma organização e dentro dessa organização existe liberdade para eles criarem, se conectarem e existem princípios de jogo que nós temos, um deles é o equilíbrio, e o Aníbal é um desses pêndulos, esse pequeno motor, cuja tarefa não é só ser a primeira cobertura, além de chamar o jogo e colocar o time para jogar”.
Abel já havia se posicionado logo após o jogo, via assessoria de imprensa do Verdão
. Ele queria acabar com qualquer tipo de polêmica. Porém, o assunto continuou e ganhou repercussão.
“Moro e trabalho no Brasil desde 2020 e tenho profundo respeito por todos os brasileiros. As pessoas já conhecem meu caráter, minha conduta e minhas ações sociais. Você também sabe que repudio completamente todas as formas de preconceito.”
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