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Primeira comercialização da safra 2024/25 soja a do Brasil atingiu 18,2% no final da semana passada, informa a consultoria Culturas e Mercado Nesta segunda-feira (12). O ritmo de vendas das novas culturas, que serão plantadas a partir de meados de setembro, está à frente do mesmo período do ano passado (13,9%).
Contudo, as vendas iniciais de soja nova estão abaixo da média sazonal (22,7%). No relatório do mês passado, o número de primeiras vendas foi de 14,6%, disse Safras. O comunicado assume uma estimativa de produção de 171,5 milhões de toneladas.
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Em relação à comercialização da safra velha (2023/24), a Safras estima vendas de 77,5% da produção esperada. No relatório anterior, com dados de 5 de julho, o número era de 71,8%. Para se ter uma ideia, na mesma época do ano passado, as entrevistas incluíram 75,6%. A média de cinco anos para o período é de 82,2%.
As vendas de café estão lentas
As vendas de café pelos produtores brasileiros são mais lentas que a média. Segundo a consultoria Safras & Mercado, a venda de mercadorias atingiu 40% do total previsto para a safra 2024/25, que é a safra que está próxima do final.
É importante lembrar que as vendas de café tiveram um aumento mensal de 8% no mês passado. Porém, o índice está abaixo do mesmo período do ano passado (41%) e abaixo da média dos últimos cinco anos, 47%.
“O produtor brasileiro de café continua controlando o fluxo de vendas, mensurando as vendas e buscando aproveitar as oportunidades, principalmente a alta do dólar”, disse o consultor no relatório.
Além disso, o alto preço do café exige uma pequena quantidade de sacas de café para cobrir seus custos, afirma o analista e consultor Gil Barabach.
As vendas de café arábica respondem por 38% da produção, enquanto as vendas de café conilon respondem por 45% da produção esperada.
Em um relatório separado, a hEDGEpoint Global Markets prevê que a colheita de café do Brasil em 2024/25 será de 63,3 milhões de sacas de 60 kg. Esta é uma redução em comparação com a previsão original de 65,7 milhões de sacas estimada anteriormente.
Segundo a varejista, o clima mais seco que o normal afetou a produção. A hEDGEpoint Global Markets estimou a safra de arábica do Brasil em 43,2 milhões de sacas, em comparação com 44,7 milhões de sacas anteriormente. A colheita de Robusta foi reduzida em 900 mil sacas, para 20,1 milhões de sacas.
Ao mesmo tempo, os preços do café subiram acentuadamente nesta segunda-feira (19), e uma leve geada no Brasil no fim de semana levantou preocupações sobre a oferta. Com isso, o mercado também quer se proteger de novos acontecimentos que possam acontecer nos próximos dias.
A Cooperativa dos Cafeicultores do Cerrado (Expocaccer) disse à Reuters que ocorreram geadas ocasionais na importante região produtora de café arábica de Minas Gerais no fim de semana. “Ocorreu gelo em algumas partes do Cerrado, mas ainda não sabemos sua extensão”, diz ele.
Segundo a cooperação, os produtores afirmaram que os cuidados serão “dobrados esta noite e amanhã, pois o frio deverá ser mais forte”.
Trigo e cana-de-açúcar
O tempo frio também pode ter um efeito negativo nos canaviais. São Paulo é o maior produtor do país cana-de-açúcar do Brasil.
Paraná, onde parte trigo suscetível a perdas, o frio não causou muitos problemas no início, segundo informações preliminares.
Segundo Nottus, relatos de produtores rurais indicam que houve danos em alguns campos de trigo, embora seja cedo para avaliar a extensão dos danos. A empresa lembrou ainda que parte da colheita não corre risco de perda (flores e frutificação).
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