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Faltando menos de uma semana para as decisões sobre taxas de juros no Brasil e nos Estados Unidos, a atenção dos investidores está voltada para indicadores que possam fornecer mais clareza sobre o caminho escolhido pelo Banco Central do Brasil e pelo Federal Reserve. E essa tensão se reflete no Ibovespa.
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Enquanto escavamos dados sobre a produção de fundos nos Estados Unidos, as taxas de juros caíram na Europa e aguardamos a decisão do Banco Central do Brasil na próxima semana, o mercado está vermelho. Por volta das 10h30, o Ibovespa caía 0,22%, aos 134.384,52 pontos. O dólar local caiu 0,20%, para R5,6517.
A nível local, os investidores também acompanham o parecer sobre o artigo principal do projeto de lei que preservou o fluxo de receitas das empresas e dos municípios até ao final de 2024, com consequências financeiras para o país.
Inflação nos Estados Unidos
Pela manhã, o Departamento do Trabalho informou que a inflação (preços ao produtor), medida pelo IPC, continuou acima do esperado. O crescimento foi de 0,2% no mês passado, acima das estimativas de 0,1% de economistas consultados pela Reuters. Nos últimos 12 meses, os preços ao produtor aumentaram 1,7%, face aos 2,1% registados em Julho. Os mercados de ações em Nova York começam o dia com sinais mistos.
O renascimento desacelerou na Europa
Conforme esperado pelo mercado, o Banco Central Europeu voltou a reduzir os juros nesta quinta-feira (12), mas não deixou informações sobre o que esperar na próxima reunião.
O BCE reduziu a taxa de depósito em 25 pontos base, para 3,50%. As autoridades financeiras já esperavam esta decisão após um corte semelhante nas taxas em Junho. Atualmente, o bloco tem uma taxa de inflação próxima da meta de 2% e a economia interna está à beira da recessão.
“O Conselho do BCE continuará a seguir uma abordagem baseada em dados e reunião por reunião para determinar o nível apropriado e a duração da proibição”, afirmou o BCE num comunicado. “O Conselho do BCE não se compromete previamente com uma determinada taxa de juro.”
Programas BR
No Brasil, as vendas no varejo brasileiro em julho aumentou 0,6%. em comparação com o mês passado. Anualmente, o índice aumenta 4,4%. A informação foi avançada nesta quinta-feira (12) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
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Para Carla Argenta, economista-chefe da CM Capital, o número é bom do ponto de vista de carreira, mas o resultado confirma preocupações e dúvidas relacionadas a fatores que podem influenciar o resultado das próximas decisões de política financeira do Banco Central (BC) É importante lembrar que o Comitê de Política Financeira (Copom) se reunirá na próxima semana Daí o tom cauteloso adotado pelo Ibovespa no início das negociações.
“Além do resultado do setor industrial, que já foi notoriamente negativo no mês de julho, outros indicadores relacionados ao mercado de trabalho divulgados até agora reforçaram o nível de atividade aquecida e apresentam uma possível estabilidade do consumo das famílias, semelhante ao observado em a liberação do PIB”, diz o economista. “Essa situação confirma a visão de que as autoridades monetárias poderão aumentar novamente a taxa Selic na próxima reunião.”