O Fluminense não conseguiu vencer em mais uma rodada do Campeonato Brasileiro. Porém, após o empate em 1 a 1 com o Criciúma, a notícia encheu os torcedores de esperança.
O gol tricolor foi auxiliado pelos jovens da base, que jogaram muito bem contra Heriberto Hülse. Deram mais intensidade e podem contribuir para um time que luta pela permanência na Série A, algo parecido com a onda de 2009.
Com a entrada de Kauã Elias, Esquerdinha, Alexsander e Lucumí, o time teve mais força ofensiva para buscar o empate e um meio-campo mais leve. O atacante não só abriu a rede pela primeira vez entre os profissionais, como também atrapalhou o gol do adversário ao arriscar de longe. O lateral-esquerdo, por sua vez, deu mais profundidade e foi o responsável pelo cruzamento que resultou no gol.
Em sua apresentação, Mano Menezes deixou claro que focará no desempenho, independente da idade. Seja jovem ou mais experiente, quem atuar e ajudar o time terá mais espaço. Após o jogo da última quinta-feira (11), o comandante tricolor destacou que “o campo mostra” que a criançada de Xerém merece oportunidades. No sprint de 2009, por exemplo, Alan, Maicon Bolt, Digão e Dalton, todos de Xerém, foram importantes para salvar o time de Cuca.
“Na entrevista introdutória eu disse que a idade não seria decisiva. Para os jovens não há idade. A questão é produção, renda. Respeitamos muito o campo e o campo mostra que merece essa oportunidade. E termine os jogos com alta intensidade. Você tem uma sequência de jogos muito grande. Temos que ter elenco para entrar em qualquer momento do jogo”, disse.
Base muda a cara do Tricolor
Na estreia de Mano, contra o Internacional, no Maracanã, o Fluminense perdeu intensidade e caiu de rendimento com as substituições. Douglas Costa, Renato Augusto e Gabriel Pires, reforços do primeiro semestre, ainda não deram feedback técnico e não justificam em campo as devidas contratações.
Diante desse cenário, o treinador passou a investir em jogadores jovens no segundo tempo. Um deles é o colombiano Jan Lucumi, que chegou ao clube em 2024, mas teve poucas oportunidades com Diniz. O jogador, inclusive, passou a atuar pela seleção sub-20 e demonstrou que tem condições de disputar uma vaga entre os profissionais. Alexsander, por sua vez, foi bem diante do Criciúma ao dar mais mobilidade ao meio-campo.
Além disso, Kauã Elias e João Henrique, o Esquerdinha, são companheiros de base e mostraram muita química contra o Tigre. Em 2022, ambos ingressaram nos sub-16 e participaram do elenco que conquistou três títulos em turnê pela Europa. No ano seguinte, juntos, levantaram as taças Carioca, Taça Guanabara, Recopa Carioca e Copa Rio (sub-20). O elenco ainda conta com Isaac, Arthur, Felipe Andrade e Kayky Almeida, também formados no clube.
“As pessoas que são da base e sobem para o profissional, a gente acaba sofrendo um pouco, é muito diferente. Mas estou feliz por poder marcar um gol. Fico feliz em contar com a ajuda do Esquerdinha também, que é um grande amigo meu da base, ele tocou junto. Então, eu acho que é isso. Manda a galera jogar, vamos pra cima e fazemos o que for preciso.
Independente de você acertar ou errar.”, disse Kauã.
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