JUAN MABROMATA
De um lado, a Argentina, atual campeã mundial e continental. Do outro, uma Colômbia forte e invicta lutando pelo bicampeonato. A inédita final da Copa América-2024, neste domingo (13) em Miami, promete ser uma grande partida e sem favorito claro.
Se a boa versão do craque Lionel Messi apresentada nas semifinais dá certa vantagem à ‘Albiceleste’, as brilhantes atuações de James Rodríguez, na corrida para ser eleito o melhor jogador da competição, colocam os colombianos em igualdade de condições para brigar pelo título do torneio nos Estados Unidos.
Um ano e meio depois de bordar a estrela do terceiro campeão mundial em seu escudo, a Argentina busca a simbólica ‘Tríplice Coroa’, um marco no continente se conseguir conquistar o título neste domingo, no jogo que começa às 21h (horário de Brasília). ), no Hard Rock Stadium, após conquistar o mundo na Copa do Catar de 2022 e a América do Sul no Brasil em 2021.
A ‘Albiceleste’, com 15 títulos, lidera, junto com o Uruguai, o ranking dos times mais vencedores da Copa América, e almeja ficar sozinha no topo dessa lista.
Os colombianos, por sua vez, não chegavam à final da Copa América desde 2001, quando conquistaram o único título continental ao derrotar o México em Bogotá, como anfitriões do torneio. E entrará em campo em Miami com uma invencibilidade de 28 jogos que deixa claro o grande momento que vive.
– Argentina intacta –
Depois de vencer o Canadá por 2 a 0 nas semifinais, em que Messi marcou um gol e tirou todas as dúvidas sobre a recuperação de um desconforto na coxa direita, a Argentina chega à última batalha com seu elenco intacto.
O técnico argentino, Lionel Scaloni, terá o mesmo time titular que enfrentou os ‘Canucks’ na terça-feira, em East Rutherford (Nova Jersey), mas com uma variação posicional de Ángel Di María, como meio-campista esquerdo.
“A final encontra-nos num bom momento. Qualquer equipa que vai disputar uma final sabe a experiência que tem e o que está em jogo”, disse Scaloni em conferência de imprensa.
“Néstor (Lorenzo) encontrou o funcionamento de James Rodríguez e é um prazer vê-lo jogar. Não nos concentramos em um jogador, mas na equipe. A Colômbia é uma grande equipe. Nossa forma de defender será em equipe e nas zonas tentaremos ser donos do jogo”, acrescentou.
Ele também se referiu aos violentos incidentes ocorridos no final das semifinais entre Uruguai e Colômbia e pediu aos dois torcedores que vivenciassem a final como “uma celebração e com alegria”.
“Amanhã teria que ser uma celebração igual à alegria de poder conquistar um título, acho que seria uma alegria para todos se (a partida) terminasse bem”, disse ele.
– Uma Colômbia “faminta” –
Após a tensa vitória por 1 a 0 sobre o Uruguai nas semifinais em Charlotte (Carolina do Norte), a Colômbia entrará em campo com a importante ausência do lateral-direito Daniel Muñoz, expulso contra ‘Celeste’, e até o último momento aguardará por a recuperação do meio-campista Richard Ríos, que sofria de dores na perna esquerda.
“Precisamos ser a melhor versão da Colômbia para vencer o campeão de tudo. Tivemos vários jogos com situações que nos obrigaram a nos reinventar. um grande desempenho amanhã”, disse Lorenzo durante a coletiva de imprensa.
Felizmente para a Colômbia, James Rodríguez viveu um dos seus melhores momentos na Copa América com a camisa da seleção, diferentemente do que acontece no São Paulo, onde jogou poucos minutos nesta temporada.
“Vai ser uma final difícil, mas temos fome e isso é o mais importante. O objetivo é sermos campeões, vamos jogar contra os campeões mundiais, contra o Messi, o melhor de todos os tempos, mas esta equipe vai lutar por esse título”, observou o camisa 10 colombiano.
Prováveis escalações:
Argentina: Emiliano Martínez – Gonzalo Montiel, Cristian Romero, Lisandro Martínez, Nicolás Tagliafico – Rodrigo De Paul, Enzo Fernández, Alexis Mac Allister, Ángel Di María – Lionel Messi e Julián Álvarez. Técnico: Lionel Scaloni.
Colômbia: Camilo Vargas – Santiago Arias, Dávinson Sánchez, Carlos Cuesta, Johan Mojica – Richard Ríos, Jefferson Lerma, Jhon Arias – James Rodríguez – Jhon Córdoba e Luis Díaz. Técnico: Néstor Lorenzo.
Árbitro: Raphael Claus (Brasil).