INA FASSBENDER
Reconhecida por unanimidade como a melhor equipa do torneio, a Espanha deve a sua vitória no Euro-2024 em grande parte à explosão de dois jovens jogadores Lamine Yamal e Nico Williams ou ao alto nível de Rodri, entre outros protagonistas.
– Yamal e Williams, juventude e talento
Os dois atacantes mudaram a cara do time. Amigos dentro e fora de campo, encantaram os espectadores na Alemanha, impulsionando o jogo coletivo espanhol.
Como se fossem dois adolescentes brincando no pátio de uma escola, Yamal, 17, e Williams, 22, trouxeram frescor à competição, com uma mistura de ar despreocupado e puro talento nos pés.
Insaciáveis no aspecto ofensivo, colocaram seus defensores em uma provação e foram uma ameaça constante para as equipes adversárias. Yamal, com a quarta assistência, e Williams, com o segundo gol, foram decisivos na final de Berlim para abrir o placar.
Eleito o Melhor Jogador Jovem do torneio, Yamal termina o Campeonato Europeu com um gol e quatro assistências, e Williams com dois gols e uma assistência.
– Dani Olmo, o herói inesperado
Sem vaga entre os onze titulares e utilizado como ‘Jogador 12’ para substituir Pedri, Dani Olmo se tornou um herói inesperado, brilhando em momentos-chave do torneio.
Ao dar assistência no único gol contra a Albânia na fase de grupos (1 a 0) e depois marcar na goleada sobre a Geórgia (4 a 1) nas oitavas de final, o jogador do RB Leipzig assumiu o comando do ataque a partir das quartas de final. final, após a lesão de Pedri contra a Alemanha.
Nessa partida abriu o placar e deu assistência para o gol da vitória de Mikel Merino (118′).
Olmo avançou com facilidade pelas linhas e em Munique levou a Espanha à final contra a França, com uma grande jogada individual na área onde mostrou a sua grande capacidade técnica antes de marcar o segundo golo da Espanha (2-1)
– Rodri, o farol do time
Por trás do seu extenso talento ofensivo, Rodri brilhou e mostrou ser uma verdadeira luz para a seleção espanhola. O madrilenho, decisivo tanto com ‘Roja’ como no Manchester City, brilhou na organização do jogo e em saber ler o ritmo para avançar.
Acompanhado de muita técnica e físico imponente, o jogador de 28 anos impressionou ao longo do torneio na Alemanha, dominando sistematicamente os adversários diretos nos duelos, recuperando a bola e aparecendo em momentos-chave.
Nas oitavas de final contra a Geórgia, foi ele quem pediu calma ao seu time, depois que a Espanha passou por minutos de perda de bola e ansiedade após sofrer um gol. O próprio Rodri foi o responsável por virar o placar com um chute forte de fora da área, outra de suas muitas virtudes.
– Dani Carvajal, solidez e experiência
O facto de Dani Carvajal, aos 32 anos, nunca ter disputado (devido a lesões) um Campeonato da Europa era uma anomalia para um jogador consagrado na elite do futebol continental com os seus seis títulos da Liga dos Campeões.
O lateral-direito do Real Madrid, autor do golo na estreia da Espanha frente à Croácia (3-0), chegou à Alemanha querendo mostrar que pode ser tão decisivo na selecção nacional como é no seu clube.
Ao longo do torneio mostrou que sabe tudo, não se intimidando com nenhum adversário e com uma atuação magistral na final de Berlim, que abriu as portas para o seu sucesso continental também pela seleção espanhola.