Quando mais de 40 carros estão em Copa Mundial de Endurance ele recebeu a bandeira no último domingo à noite às Interlagos, São Paulo foi oficialmente consagrado como a capital mundial da velocidade. Afinal, a maior cidade do Brasil é a única do mundo que aceita três grandes campeonatos organizados pela FIAFederação Internacional do Automóvel: além WEC disputado no último domingo (14), a cidade também é sede do Para mim e, claro, o F1.
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Mesmo cidades com forte tradição no automobilismo não têm o mesmo privilégio: Monza, Silverstone e Spa-Francorchamps, por exemplo, sediam a F1 e já sediaram corridas do World Endurance, mas não são palco de corridas de carros elétricos.
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O evento paulista que recebe F1, WEC e Fórmula E é considerado ainda mais importante considerando a posição geográfica da cidade – na F1, por exemplo, é a única cidade da América do Sul a sediar uma das categorias 24 do calendário mundial em 2024 .
A comunidade paulista também responde bem à reputação da cidade como capital mundial da velocidade: mais de 73 mil pessoas compareceram aos três dias do evento 6 Horas de São Paulo, que contou com a vitória da equipe Toyota Gazoo Racing, com o modelo dirigido pelos pilotos Sébastien Buemi, Brendon Hartley e Ryo Hirakawa.
Com mais de 40 carros no grid, o trio assumiu a liderança na largada da terceira hora de corrida e dominou a etapa brasileira do campeonato, que foi realizada novamente após dez anos.
“Foi um dia incrível para nós com o carro número 8, vencemos a primeira corrida deste ano. Tínhamos um carro muito bom. durante toda a corrida, o que nos ajudou muito a ter um bom ritmo. Estou muito feliz por finalmente ter um fim de semana sem problemas depois de um início de temporada difícil”, disse ele.
O segundo lugar ficou com o protótipo da equipe Porsche Penske, com os pilotos Kévin Estre, André Lotterer e Laurens Vanthoor. O Brasil também está entre os melhores na categoria LMGT3, vencida pela equipe Manthey. O piloto Nicolas Costa ficou em quarto lugar, junto com os companheiros James Cottingham e Grégoire Saucy no United Autosports McLaren 720S.
“A corrida foi muito divertida, apesar de termos tido problemas técnicos e penalizações que não nos permitiram subir ao pódio. Saímos do carro o máximo que pudemos, dada a situação que tínhamos. Chegamos muito perto da plataforma. Queria muito levantar o troféu aqui no Brasil. Mas no geral, acho que o ritmo foi ótimo. Acho que foi a melhor situação hoje. A luta foi dura, temos os melhores pilotos do mundo e conseguimos aguentar, o que é ótimo”, disse o brasileiro.
No segundo semestre, Interlagos também receberá outras equipes internacionais, como o TCR da América do Sul, além de grandes competições nacionais como Copa Truck e Stock Car.
E 2024 ainda se encerrará com o GP de São Paulo de F1 no dia 3 de novembro e mais um debate da Fórmula E no circuito do Anhembi no dia 7 de dezembro, fechando a temporada como o evento mais importante de São Paulo como a capital da velocidade do mundo. o único a sediar três dos maiores campeonatos da FIA no mesmo ano.
*Rodrigo França é jornalista de automobilismo desde 1997. Em 25 temporadas, cobriu mais de 1.000 corridas de F1, Indy, Le Mans, Fórmula E, Nascar, Stock Car e Truck, acompanhando GPs em mais de 20 países diferentes. É também autor do livro “Ayrton Senna e a Mídia Esportiva”, apresentador do programa “Momento Velocidade” na TV Gazeta e no canal Senna TV. Em 2023, 8 GPs de F1 foram cobertos pela Forbes Motors.
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