O Vasco enfrentará novamente um adversário desagradável no domingo (18). Afinal, viaja para Santa Catarina, onde enfrenta o Criciúma, time responsável pela única derrota do Cruz-Maltino em São Januário em 2024.
E não foi um revés qualquer: 4 a 0 com atuação de gala do Tigre e primeiro gol de Yannick Bolasie em solo brasileiro. Essa derrota gerou problemas no Vasco, que já vivia situação problemática com seu principal acionista na época; para 777 Parceiros. Lembre-se com Jogar10
Então, o que mudou desde aquele fatídico 27 de abril.
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Partida conturbada da família Díaz
A primeira mudança efetiva após o apito final foi a saída do técnico Ramón Díaz e sua equipe – poucos minutos após a goleada, na verdade. Foi o último capítulo de uma relação que parecia feliz, já que o torcedor vascaíno sempre demonstrou gratidão à família Díaz (Ramón e seu filho e auxiliar, Emiliano) pelo trabalho realizado em 2023. Na época, eles enfrentaram o Cruz-Maltino em a zona de rebaixamento e considerado por muitos como futuro rebaixamento no Brasileirão.
Os argentinos, porém, colocaram o time de volta nos trilhos. Ao lado dos reforços contratados, como Paulinho, Medel, Payet, Praxedes e Vegetti, o Vasco superou inúmeros problemas e conseguiu se manter nos minutos finais do torneio.
Apesar de um bom início de 2024, com atuações sólidas contra os adversários mais fortes (Flamengo, Fluminense e Botafogo), o time cambaleou e passou a conceder muitos gols e chances aos adversários, o que gerou um sinal de alerta.
Depois da constrangedora eliminação para o Nova Iguaçu em pleno Maracanã na semifinal carioca e um início de Brasileirão mediano, a gota d’água veio contra o Criciúma. O time catarinense fez uma partida exemplar na quarta rodada do campeonato nacional e venceu por 4 a 0, deixando a torcida com sentimento de humilhação em São Januário. Poucos minutos após o apito final, o Vasco divulgou um comunicado via X (antigo Twitter) confirmando a saída do comandante e sua comissão, o que os pegou de surpresa – saiba onde está essa “guerra” clicando aqui.
Mas… o que mudou no Vasco?
Houve muitas mudanças desde aquele dia fatídico. Com a saída de Ramón Díaz, o Vasco foi ao mercado em busca de um novo treinador. Encontrou o seu futuro comandante em Álvaro Pacheco, um português com pouca experiência na profissão.
Mas também houve problemas fora de campo. Afinal, o acionista majoritário da SAF vascaína, a 777 Partners, começava a enfrentar problemas jurídicos que se espalhavam para São Januário. Pedrinho, presidente do clube associativo, assumiu o controle da situação e foi à Justiça como forma de proteger o Vasco.
A 4ª Vara Empresarial do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro acatou o pedido do clube da associação e devolveu o controle do futebol à CRVG, sócia minoritária da SAF. Desde então, o ídolo vem ganhando cada vez mais respeito entre os torcedores, realizando grandes mudanças estruturais.
Eles continuaram após a estreia de Pacheco, que não poderia ser pior: com uma escalação “estranha” aos olhos da torcida, ele iniciou sua (curta) carreira com uma derrota por 6 a 1 para o arquirrival Flamengo, no Maracanã. Não à toa, durou apenas mais três partidas no comando do clube, sendo demitido com 8% de aproveitamento (um empate e três derrotas). Pedro Martins, executivo contratado praticamente ao lado de Pacheco, também não resistiu.
Antes mesmo da saída da dupla, o CEO e o CFO da SAF, Lúcio Barbosa e Kátia dos Santos, respectivamente, entregaram seus cargos. Hoje, o Vasco tem Carlos Amodeo como CEO e Raphael Vianna como CFO.
Ainda fora de campo, Pedrinho deu um dos passos mais importantes da história do clube. Em junho foi finalmente aprovado o projeto de potencial construtivo de São Januário. Isso garantiu um dos maiores sonhos dos torcedores: a reforma do seu quase centenário estádio, com início previsto para janeiro de 2025.
E no campo?
Quando Álvaro Pacheco saiu, enganou-se quem pensava que o Vasco voltaria correndo ao mercado. Afinal, o interino Rafael Paiva já havia demonstrado suas credenciais na interina pós saída de Díaz e na pré-chegada de Álvaro Pacheco, com uma vitória, dois empates e apenas uma derrota nos quatro jogos do período. Os dois empates (contra o Fortaleza), inclusive, garantiram a vaga nas oitavas de final da Copa do Brasil.
Assim, voltou ao cargo interinamente e continuou a elevar o moral em São Januário. Nos últimos 13 jogos, foram sete vitórias, três empates e três derrotas (61,5% de aproveitamento). Assim, Pedrinho pode focar em outras áreas, dando tempo e continuidade ao profissional, que segue na função de forma interina.
Depois de ficar com água até o pescoço mais uma vez, o Vasco conseguiu uma reviravolta e se encontra em boas condições nesta temporada. Afinal, está nas quartas de final da Copa do Brasil pela primeira vez em nove anos e está na décima colocação do Campeonato Brasileiro.
Além disso, os torcedores poderão concretizar outro sonho: o retorno de Philippe Coutinho, anunciado em julho. Além dele, outras crianças retornaram, como Alex Teixeira e Souza. O atacante Emerson Rodríguez também foi contratado. Medel, Praxedes e Zé Gabriel deixaram o elenco, com Galdames perto de ser o próximo.
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