Nesta segunda-feira (15), o técnico Ramón Díaz foi apresentado ao Corinthians e falou sobre sua polêmica saída do Vasco e valores de dívidas. Em nota enviada ao GE, o vice-presidente do Cruzmaltino e membro do conselho de administração do Vasco SAF, Paulo Salomão, negou as declarações de Ramón Díaz.
Na nota, o cartola afirmou que é mentira que o clube não teria procurado o treinador para negociar as pendências. “Em primeiro lugar, não é verdade que não os procuremos. Assim que assumimos o controle da SAF, tanto o presidente Pedrinho quanto os membros da diretoria entraram em contato com Emiliano Díaz e seu gestor para entender as pendências e o processo de saída.”
Segundo apuração do GE, a dívida em questão se referiria a um bônus pela permanência do Vasco na Série A da temporada passada. A direção do 777 Partners, na época, havia prometido pagar a Ramón Díaz e Emiliano Díaz, filho e auxiliar do treinador, uma quantia de 1,2 milhão de reais. Este assunto não foi abordado na nota enviada ao GE.
Na coletiva de apresentação no Corinthians, Ramón cobrou esses valores e disse que não foi procurado por ninguém após sua saída. “Eles nos demitiram no Twitter. Salvamos o Vasco de uma situação gravíssima, tivemos três ou quatro meses, em nenhum momento houve comunicação do Vasco, nem do presidente, nem do 777. Não há nenhuma ligação no meu telefone do líder do Vasco. Depois do que fizemos com o Vasco, nem obrigado, nada, zero, mas o futebol continua… Em quatro meses, nem o presidente nem o técnico do Vasco me ligaram. Não deram dinheiro do ano passado, estão me devendo desde o ano passado, não pagaram nada. Mas como treinador, olhamos para o futuro.”
A saída do treinador foi polêmica na época e não foi esclarecida até hoje. O treinador afirma que foi demitido pelas redes sociais, enquanto o clube entende que ele pediu demissão após a derrota por 4 a 0 para o Criciúma. A forma como ele saiu determina quem deve pagar a multa rescisória, se a decisão foi de Ramón, ele deve pagar ao Vasco. E se a decisão for do Vasco, o clube deverá pagar ao treinador.
O técnico levou o Vasco à Justiça, exigindo a multa rescisória de 30 milhões de reais, mas Paulo Salomão acredita que pode resolver a questão informalmente. “O Vasco continuará buscando uma solução cordial com Ramón Díaz e sua comissão, mas se não chegarmos a esse acordo, acreditamos que temos elementos suficientes para defender os interesses do Vasco em caso de disputa judicial.”