É de se perguntar o que Tite – vestido de padrinho informal – e seu CT farão a partir de agora no Flamengo. As reservas contra o Botafogo, no próximo domingo, levarão a uma provável derrota, e a um jogo absolutamente defensivo em La Paz para manter a vantagem que será destruída antes do intervalo.
Na verdade, o Flamengo perdeu a chance de detonar esses professores no momento certo, após a queda diante do São Paulo, no Morumbi, e verá o ano de 2024 terminar dois meses antes do fim, o que já foi dito aqui em diversas ocasiões. No entanto, é surpreendente como as pessoas não conseguem perceber a tragédia – que está na sua cara há algum tempo – com antecedência.
O Bolívar faz parte do Grupo Cidade e vem bem na Libertadores. Mas, francamente, vencê-los por 2 a 0 no Maracanã, dado o orçamento e a torcida do Flamengo, é singularmente ruim.
Bolívar complica um Flamengo ansioso
Se alguém esperava que Bolívar desempenhasse outro papel, não está na indústria. É óbvio que o objetivo era manter o ritmo de jogo o maior tempo possível, com lentidão, faltas táticas e reclamações frequentes. O problema é que a equipe visitante também saiu na frente, e não conseguiu marcar em pelo menos duas ocasiões no primeiro tempo, com Oviedo, aos 20 minutos, e Fábio Gomes, aos 42. O técnico argentino Flávio Robatto deve ter observado, nas fitas, e feito os comandados verem a fragilidade da retaguarda rubro-negra.
Que o Flamengo criaria mais oportunidades, sob pressão e porque é melhor individualmente. É evidente. O problema é que, como sempre, não conseguem aproveitá-los, e o gol de Luiz Araújo, aos 28, aos 45, foi um presente, dadas as circunstâncias: jogadores tendo dificuldade em controlar a ansiedade e cometendo erros na finalização.
Léo Pereira expande
A partida voltou igual para o segundo tempo. Mas a diferença é que o Flamengo entrou em desespero logo aos menos de 10 minutos, aumentando a dificuldade na organização das jogadas, enquanto Bolívar, percebendo – não foi tão complicado fazer isso – o nervosismo do time carioca, procurou desacelerar o trabalho do Rubro . -Preto com maior intensidade, provocando com cera e lutas fúteis, e desde cedo parecia que marcar mais vezes seria cada vez mais improvável. Mas as coisas pioraram porque o visitante abriu mão de atacar, de reforçar a defesa, e dos recursos – legais ou não – para evitar mais gols.
Aos 40, Yomar Rocha mandou bola na trave. Do Flamengo. Isso escapou do empate. Era só o que estava faltando. Aos 45, Léo Pereira aproveitou escanteio e fez 2 a 0. Tite e seu CT são formidáveis. Francamente, seria mais sensato cancelar a viagem a La Paz. No final das contas, o Flamengo não conseguirá aguentar as dificuldades em La Paz.
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