Com a vitória por 1 a 0 contra
Atlético Goianiense
Ó
Vasco
alcançou a quarta vitória consecutiva em
Campeonato Brasileiro
. A equipe não consegue o mesmo resultado no torneio desde 2012. Agora com 23 pontos, o Cruzmaltino briga pela ponta da tabela. O técnico Rafael Paiva comemorou o bom andamento e destacou o que precisa ser melhorado, além de comentar a chegada de novos reforços a São Januário.
— Sobre o tabu, acho que é o menos importante agora. Estou muito satisfeito com o que o time está produzindo, com o que estamos jogando, evoluindo e deixando em campo. Para mim, isso é o mais importante. Tabus são legais de debater, mas o determinante é a forma como o time joga, como respondeu hoje, em uma partida difícil. Conseguimos evoluir e acho que esse é o caminho. Estamos muito satisfeitos com o que entregamos e felizes pela vitória. — afirmou o técnico.
Desde que assumiu o comando do Vasco, em junho, Paiva conquistou bons resultados e tirou o time da zona de rebaixamento. Com ele, foram conquistados 16 pontos em 21 possíveis no Brasileirão. Sobre recuperar a confiança dos jogadores, destacou a importância de manter a evolução constante nos treinos e também planejou a integração dos atletas recém-contratados.
— O mais importante é recuperar a confiança dos nossos jogadores. Sempre achei que nosso grupo era qualificado, com jogadores talentosos, com história dentro do futebol brasileiro e fora do país. Sabíamos o que tínhamos em casa e conseguimos recuperar a confiança, jogando um futebol de alto nível. Claro que estamos no caminho e ainda temos que melhorar muitas coisas, mas estamos respondendo. Coutinho, Payet, Alex, Emerson, Souza são jogadores extremamente qualificados, que vão entrar num ambiente melhor. Tenho certeza que vão agregar muito e vamos tentar manter o equilíbrio que conquistamos. Temos que seguir esse caminho para continuar pontuando. Sei que continuaremos evoluindo, independente de quem jogue. — destacou Paiva.
Sobre a expectativa de estreia de jogadores como Philippe Coutinho, Souza, Alex Teixeira e o colombiano Emerson Rodríguez, o treinador pediu calma e disse ter certeza que colaborarão para melhorar ainda mais o desempenho da equipe.
— Estamos tentando condicionar os jogadores que chegaram para estarem no nível dos atletas do grupo. Eles estão trabalhando muito e temos que ver isso diariamente. O jogo contra o Atlético-MG está muito disputado, mas teremos dois ou três treinos para tomar essa decisão. Não queremos antecipar nada para não criar grandes expectativas, mas precisamos manter o que estamos fazendo, independente de quando estrearão. Temos que manter o time bem, organizado, com um bom coletivo. No momento em que estiverem prontos, tenho certeza que entrarão e farão o trabalho. Mas não podemos esquecer de falar do grupo que disputou todos esses jogos. São jogadores que evoluíram e cresceram muito. É uma “luta” saudável e, naturalmente, as coisas vão acontecer. O mais importante é que o coletivo esteja bem. — completou o comandante vascaíno.
Outros trechos da coletiva de imprensa de Rafael Paiva:
QUEDA DO
DESEMPENHO APÓS ABRIR O PLACAR?
— Acho que é mais o ímpeto do time que, quando está perdendo, se joga mais no ataque. Precisamos tentar controlar um pouco mais a posse de bola. Temos conversado sobre isso com os atletas, sobre tentar ficar com a bola e buscar o segundo gol, com controle do jogo. A ideia é sempre essa, mas o adversário que está perdendo se lança mais ao ataque. Tínhamos opções de contra-ataque, até dois contra um. Então, acho natural que o adversário povoe o ataque, tenha mais jogadores contra a nossa defesa. O que podemos melhorar é no controle de bola, talvez buscando o segundo gol sofrendo um pouco menos.
VASCO ARRASTO
— O Brasileirão Série A é um campeonato muito difícil. São muitas equipes qualificadas e cada jogo é uma decisão. Precisamos marcar em todos os jogos. Estamos sempre em busca da vitória. Essa correria acalma a nossa semana, o nosso dia a dia. Mas, queremos muito mais. Sabemos que precisamos evoluir. Tenho certeza que os jogadores que chegaram vão qualificar ainda mais o nosso grupo e vamos sempre em busca da vitória. Sabemos que em algum momento pode acontecer um jogo onde as coisas não dêem certo, mas o importante é estarmos evoluindo coletivamente, como equipe. Nós estamos a caminho.
SISTEMA DEFENSIVO
— Quando chegamos, dissemos que o equilíbrio defensivo era essencial para nos colocar no caminho dos pontos e das vitórias. Acho que conseguimos equilibrar bem, ter mais controle do jogo com posse de bola. Defender bem depende muito de controlarmos o jogo. Esse foi um dos fatores que nos fez evoluir. Eles estão se dedicando muito para defender. Estamos sendo muito agressivos, tentando encurralar o adversário no campo dele. Acho que entendemos que, desde que estejamos bem defensivamente, conseguiremos melhores resultados.
MAIOR DIFICULDADE IMPOSTA PELO OPONENTE
— O Atlético é um time muito qualificado. O Mancini está chegando agora, mas já dá para ver a obra. Foi uma equipe que defendeu bem, trabalhou muito nas transições, mesmo conseguindo neutralizar os chutes. Eles também têm um bom cenário. Tenho certeza que vão ganhar pontos de muita gente, principalmente em casa.
ADSON E GALDAMES
— Adson evoluiu muito. É um jogador que tem muita consistência, que defende bem, nos ajuda muito a proteger o corredor. Ele também conseguiu desequilibrar ofensivamente. É um jogador que cria muito, finaliza à baliza e está num momento espetacular. Ele é muito importante para nós. Ele sentiu um pouco de desconforto e até pensamos se valeria a pena trazer para o jogo, mas ele quis jogar o tempo todo e jogou 60 minutos em uma intensidade muito alta. O trabalho de preparação física e fisiologia tem sido fundamental para manter o ritmo nos jogos.
— Galdames é um jogador que tem um bom chute de fora da área. Já havíamos mapeado que o Atlético defende muito bem a área e já tínhamos uma segunda bola ou um passe para trás, e precisávamos de uma boa finalização. Ele bate muito bem na bola de média distância. Tentamos buscar essa finalização, mas acho que não conseguimos porque o adversário passou a contra-atacar mais, teve um pouco mais de bola e passamos a jogar mais na transição do que na construção de jogadas. Não creio que tenhamos conseguido colocá-lo em posição de rematar, mas é um jogador talentoso e de qualidade. Temos que resgatar todos, porque conhecemos o seu potencial e confiamos muito neles.