Um dos grandes nomes do futebol francês, Hugo Lloris repudiou o canto com insultos racistas entoados pelos argentinos após a Copa América 2024. O goleiro do título da Copa do Mundo de 2018 definiu a seção como um ataque ao seu povo e exigiu mais responsabilidade de sua parte dos jogadores sul-americanos.
A declaração de Hugo ocorreu na última quinta-feira, em entrevista à BBC Sport. Porém, apesar das críticas, o goleiro do Los Angeles FC, da MLS, avaliou o caso como um “erro” e acredita que servirá de lição.
“Não importa se você está em um momento de euforia porque ganhou um troféu importante. Exige ainda mais responsabilidade quando você é um vencedor. Você não quer ouvir ou ver esse tipo de coisa no futebol. Somos todos contra a discriminação e o racismo […] Eu apenas penso e espero que seja um erro. Todos nós cometemos erros às vezes e espero que eles aprendam”, disse ela.
LLORIS VÊ O CANTO COMO UM ATAQUE
Mesmo sem desconsiderar a possibilidade de erro dos jogadores, Lloris disse que o escanteio foi um ataque aos franceses. O goleiro citou o protagonismo da Argentina no futebol para exigir ainda mais responsabilidade dos jogadores.
“A música é ofensiva e discriminatória. Este foi um ataque ao povo francês, especialmente aos franceses que têm famílias de origem africana. Eles merecem muito crédito pelo que fizeram no futebol nos últimos quatro ou cinco anos. Mas, quando você vence, você é um exemplo para os outros, principalmente para as crianças”, finalizou.
Hugo Lloris se destacou como capitão da seleção francesa ao vencer a Copa do Mundo de 2018. O goleiro também fez parte do elenco na disputa do vice-campeonato da Copa do Mundo de 2022.
FFF FORNECE APOIO AOS JOGADORES
A Seleção Francesa emitiu um comunicado na última quinta-feira (18) para dar apoio irrestrito a Wesley Fofana e Jules Koundé. A dupla virou alvo de insultos racistas nas redes sociais após repudiar a música cantada pelos argentinos.
“A FFF dá todo o seu apoio a Wesley Fofana e Jules Koundé, alvos de mensagens racistas intoleráveis nas redes sociais. Esses comentários condenáveis vão contra os valores do futebol, do esporte e dos direitos humanos que nos unem”, diz o comunicado da seleção.
A FFF distribuiu todo seu filho para Wesley Fofana e Jules Koundé, código de mensagens racistas intoleráveis nas redes sociais.
Estas propostas são dignas de ir ao encontro dos valores do futebol, do desporto, dos direitos humanos que nous rassemblent.#FiersdetreBleus pic.twitter.com/hi6eDC4CCs
— Equipe de France (@equipedefrance) 18 de julho de 2024
Os jogadores viraram alvos principalmente porque o Chelsea, da Inglaterra, abriu processo disciplinar contra o meio-campista Enzo Fernandez – companheiro da dupla nos Blues. O argentino gravou e transmitiu ao vivo a comemoração do título da Copa América 2024.
“Futebol em 2024: racismo desinibido”, escreveu Fofana.
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