A regulamentação das divulgações ESG e de sustentabilidade está em constante mudança e continuará a evoluir à medida que cresce a procura por mais dados e transparência. De acordo com relatório divulgado recentemente pelo The Conference Board, esse cenário regulatório apresenta desafios operacionais e riscos jurídicos para as empresas. Mas também traz oportunidades para melhorar os relatórios de sustentabilidade e estar à frente dos concorrentes em relação aos desenvolvimentos regulatórios e outros desenvolvimentos na agenda socioambiental.
O relatório surge num momento em que as empresas são forçadas a gerir múltiplos requisitos de divulgação devido à criação de normas nacionais e internacionais. O desafio de cumprir diferentes obrigações de divulgação pode expor as organizações a riscos de conformidade, aumentar os custos operacionais e sobrecarregar as equipas de relatórios.
De acordo com o The Conference Board, a divulgação internacional de ESG continuará a ganhar impulso e muitas empresas não estão totalmente preparadas para isso.
O relatório foi produzido por O Conselho de Conferência
grupo de reflexão
Empresa americana criada em 1916, em colaboração com o escritório de advocacia Weil, Gotshal & Manges LLP. Segundo o documento, os desafios colocados por este cenário regulatório podem ser categorizados em três áreas:
1 – Evolução da regulamentação ESG e variedade de estruturas/iniciativas de relatórios
O panorama das regulamentações de divulgação ESG está em constante mudança, com novos requisitos e padrões emergentes a nível nacional e internacional.
Apesar dos esforços para harmonizar ou garantir a interoperabilidade entre várias estruturas e iniciativas de relatórios ESG, ainda existem diferenças. Estas diferenças levam à falta de comparabilidade entre relatórios, relatórios duplos e cargas de trabalho mais elevadas.
2 – Alinhamento interno e externo
Os relatórios ESG exigem o envolvimento de toda a organização, pois os dados interfuncionais são cruciais para a conformidade. Também exige alinhamento além dos muros da empresa, estendendo-se aos fornecedores:
Garantir que todos os departamentos cumpram os padrões de relatórios ESG é um desafio. Muitos podem não ter sido anteriormente sujeitos aos mesmos requisitos rigorosos de recolha de dados e/ou relatórios.
Além disso, a colaboração multifuncional exige a quebra de silos departamentais e a promoção de esforços colaborativos, afirma o Conference Board.
As empresas são cada vez mais obrigadas a avaliar o impacto material da sustentabilidade em toda a sua cadeia de abastecimento e a garantir divulgações fiáveis. Por exemplo, a Diretiva de Relatórios de Sustentabilidade Corporativa (CSRD) e a Diretiva de Devida Diligência em Sustentabilidade Corporativa (CSDDD) exigem maior due diligence
de fornecedores.
3 – Dados complexos e gerenciamento de recursos
Os processos fragmentados de recolha de dados e de reporte podem criar atrasos e inconsistências na adaptação aos novos requisitos de divulgação ESG, incluindo os internacionais.
Gerenciar relatórios ESG envolve avaliar a disponibilidade e a qualidade dos dados em relação aos requisitos de divulgação. Requer também a identificação de novos dados e proprietários de dados dentro da organização, a criação de sistemas de troca de dados e a garantia da veracidade das informações divulgadas.
A postagem Regulação ESG cresce e traz desafios e oportunidades
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