Teixeira dirigiu-se aos presentes agradecendo ao grupo formado e pela conquista da Copa do Mundo, lembrando o momento que o país atravessava. Durante quase todo o evento, Teixeira permaneceu sentado em uma das mesas. Ele foi parabenizado por ex-jogadores e integrantes da delegação que estiveram na comemoração, sendo chamado de “meu presidente” por alguns.
Em momento de destaque, o ex-presidente da CBF posou para foto oficial com os demais presentes. Para a imagem, o banner original foi estendido em homenagem a Ayrton Senna, falecido em maio de 1994. Ao ser abordado pela reportagem, Teixeira recusou-se a ser entrevistado. A certa altura, alguns ex-jogadores faziam discursos e ele assistia ao fundo. Convidado por um dos presentes a se aproximar, ele recusou, permanecendo um pouco em pé antes de retornar à cadeira que já ocupava.
Ricardo Teixeira x Romário
Em entrevista de 2020 à CNN, Teixeira revelou que “problemas de saúde anteciparam” sua saída da CBF, mencionando um transplante realizado em outubro de 2013, cerca de um ano e meio após sua renúncia à presidência da entidade. Romário, um dos protagonistas daquele time, também esteve presente no evento. Apesar das críticas frequentes a Ricardo Teixeira nos últimos anos, Romário posou ao lado dele na foto oficial.
No ano passado, Romário acusou Teixeira e Del Nero de tentativa de golpe na CBF, publicando a declaração nas redes sociais em novembro. Em 2015, Romário declarou acreditar que “Marco Polo Del Nero, Marin e Ricardo Teixeira fazem parte da mesma gangue”. Na época, Del Nero era o atual presidente da CBF e Romário, senador pelo PSB-RJ.
Banido do futebol
Ricardo Teixeira esteve envolvido em vários escândalos de corrupção. Documentos revelaram que ele e João Havelange receberam propinas milionárias da ISL, antiga agência de marketing da FIFA, para acordos para a Copa do Mundo dos anos 90. A ISL vendeu os direitos comerciais de transmissão dos jogos da Copa do Mundo FIFA, mas faliu em 2001 com dívidas de aproximadamente 300 milhões de dólares.
Em suma, a FIFA baniu Teixeira do futebol após constatar que ele recebeu R$ 32,3 milhões em propina pelos contratos da Libertadores, Copa América e Copa do Brasil. Esse valor foi citado na decisão de segunda instância do Comitê de Ética da FIFA que expulsou o ex-diretor de futebol. Além disso, os documentos também citavam os ex-presidentes da CBF Marco Polo del Nero e José Maria Marin.
Teixeira, em suma, negou veementemente as acusações, alegando que não passavam de conclusões de advogados norte-americanos sem provas que as apoiassem. Ele afirmou, afinal, que nunca recebeu propina nesses casos e que as acusações eram políticas, vindas de quem tinha interesse em sua vaga na FIFA. Teixeira, por fim, também argumentou que o Comitê de Ética não tinha mais competência para julgá-lo, pois ele já havia renunciado aos cargos no futebol. No entanto, a FIFA não considerou os seus argumentos.
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