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“Céu de brigadeiro é uma expressão que teve origem na década de 1950, para a experiência de pilotagem que significa um céu sem nuvens de ameaça iminente. O Brasil deve fechar 2024 com um grupo de aeronaves de alto desempenho acima de 10 mil unidades ativas, segundo dados da Associação Brasileira de Aviação Geral (Abag). Atualmente, existem 8.320 aeronaves e 1.364 helicópteros em operação. É um mercado quente e procurado em todos os sectores da economia – e a agricultura não fica de fora devido ao seu estatuto económico e distribuição geográfica.
“Fazer a agricultura voar alto faz parte do nosso negócio”, afirma a TAM Aviação Executiva, empresa administrada pela família Amaro há 60 anos. Essa afirmação também é um mantra na boca do engenheiro aeronáutico Leonardo Fiuza, na TAM desde 2005. e presidente da área de gestão de voo desde 2016.
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Na Abag desde 2014, hoje Fiuza é presidente do conselho da associação. “Temos um negócio aéreo para o negócio agrícola em cinco regiões do Brasil. Mas, em termos de concentração, as maiores carências estão nas regiões Centro-Oeste e Sudeste”, afirma. No caso da TAM, há dois anos, 43% das aeronaves vendidas pela empresa eram direcionadas ao setor. A última medição da Abag mostra que as fazendas e empresas agrícolas contavam com uma frota de 1.992 aeronaves em abril deste ano, 6,6% superior à de abril do ano passado. No mesmo mês de 2023 foram realizados 1,8 mil voos e, em 2022, foram 1,7 mil.
O Brasil possui o segundo maior grupo de aviação geral do mundo, atrás apenas dos Estados Unidos, e está na mesma posição no mercado de aeronaves administrativas. Segundo a Abag, o setor de aviação executiva segue forte desde 2020 e as perspectivas para 2024 são ainda melhores. Desde o início da epidemia de Covid-19 até agora, os aviões aumentaram 18%, os turboélices 34% e os helicópteros a turbina 12%.
Para a Abag, os resultados se devem ao desempenho do negócio agrícola nos últimos anos e à recuperação do setor de exploração de petróleo e gás. “Temos aviões com motores a pistão e turboélices, que são muito procurados na agricultura. Também jatos, Citation M2, Citation CJ3, que são aviões eficientes e operam em pistas curtas”, diz Fiuza. Nas fazendas, onde a maioria das pistas não são pavimentadas, as capacidades de voo influenciam diretamente a seleção.
Estima-se que o mercado de aviação privada irá gerar mais de R$ 4 bilhões por ano no país, com um crescimento anual superior a 20%, podendo chegar a 2030 crescendo a uma taxa anual de 29%. Buscar negócios de grandes fabricantes de aeronaves de sistema, como a Textron Aviation, com valor de mercado global de US$ 16,78 bilhões em maio; Airbus (US$ 136,13 bilhões); Embraer (US$ 5,65 bilhões); Bombardier (US$ 5,64 bilhões), entre outros.
No caso da TAM AE, há 23 aeronaves no aeroporto. A empresa representa, especialmente no país, produtos Cessna, Beechcraft e Bell, fabricados pela Textron Aviation, ao preço de cerca de US$ 700 mil (R$ 3,8 milhões na cotação atual), para a compra da fábrica antes da exportação para o país. O preço mais alto é de US$ 29 milhões (R158,7 milhões). “A Textron possui uma financeira própria para auxiliar nossos clientes na aquisição de aeronaves, a Textron Finance”, afirma Fiuza. “Esse dinheiro é internacional, é feito em dólar, mas o cliente também pode comprar com crédito de outros bancos internacionais, se quiser”.
O gerente também lembra que Principais bancos do Brasil oferecem empréstimos pelo preço dos voos. Entre eles estão, por exemplo, Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico (BNDES), Bradesco, Santander e JP Morgan. E mais: as vendas podem ser compartilhadas com mais de um proprietário. “No Brasil, hoje, essa característica ainda é muito rara, mas existe e já tem clientes que gostam de compartilhar”, diz Fiuza.
A partir de 2021, esse processo de contratação ficou mais fácil, depois que a Anac resolveu algumas questões jurídicas, como as relacionadas à responsabilidade em riscos potenciais. Entre as mudanças, de acordo com as últimas regras, cada avião poderá ser dividido em 16 seções, e helicópteros,
até 32 unidades.
*Relatório publicado na edição 119 da revista Forbes, com cotações reais atualizadas
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