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O Brasil deve fechar 2024 com um grupo de aeronaves de alto desempenho acima de 10 mil unidades ativas, segundo dados da Associação Brasileira de Aviação Geral (Abag). Atualmente, existem 8.320 aeronaves e 1.364 helicópteros em operação. É um mercado aquecido e procurado em todos os sectores da economia – e a agricultura não fica de fora devido ao seu estatuto económico e distribuição geográfica.
“Fazer a agricultura voar alto faz parte do nosso negócio”, afirma a TAM Aviação Executiva, empresa administrada há 60 anos pela família Amaro que, segundo a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), é a que liderou o mercado entre as últimas empresas ano. que operam voos domésticos e internacionais no país. Essa frase também é um mantra na boca do engenheiro de voo Leonardo Fiuza, na TAM desde 2005 e presidente da área de gestão de voo desde 2016.
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Na Abag desde 2014, hoje Fiuza é presidente do conselho da associação. “Temos aviação comercial para negócios agrícolas em cinco regiões do Brasil. Mas, em termos de concentração, as maiores necessidades estão nas regiões Centro-Oeste e Sudeste”, afirma. anos, 43% das aeronaves vendidas pela empresa foram direcionadas ao setor. A última medição da Abag mostra que fazendas e empresas agrícolas tinham uma frota de 1.992 aeronaves em abril deste ano, 6,6% superior à de abril do ano passado. no mesmo mês de 2023 foram 1,8 mil voos e, em 2022, foram 1,7.
O Brasil possui o segundo maior grupo de aviação geral do mundo, atrás apenas dos Estados Unidos, e está na mesma posição no mercado de aeronaves administrativas. Segundo a Abag, o setor de aviação executiva segue forte desde 2020 e as perspectivas para 2024 são ainda melhores. Desde o início da epidemia de Covid-19 até agora, os aviões aumentaram 18%, os turboélices 34% e os helicópteros a turbina 12%.
Para a Abag, os resultados se devem ao desempenho do negócio agrícola nos últimos anos e à recuperação do setor de exploração de petróleo e gás. “Temos aviões com motores a pistão e turboélices, que são muito procurados na agricultura. Também jatos, Citation M2, Citation CJ3, que são aviões eficientes e operam em pistas curtas”, disse Fiuza. Nas fazendas, onde a maioria das pistas não são pavimentadas, as capacidades de voo influenciam diretamente a seleção.
Estima-se que o mercado de aviação privada irá gerar mais de R$ 4 bilhões por ano no país, com um crescimento anual superior a 20%, podendo chegar a 2030 crescendo a uma taxa anual de 29%. Buscar negócios de grandes fabricantes de aeronaves de sistema, como a Textron Aviation, com valor de mercado global de US$ 16,78 bilhões em maio; Airbus (US$ 136,13 bilhões); Embraer (US$ 5,65 bilhões); Bombardier (US$ 5,64 bilhões), entre outros.
No caso da TAM, estão no aeródromo 23 aviões, de marcas como Cessna, Beechcraft e Bell, fabricados pela Textron, ao preço de cerca de US$ 700 mil (R$ 3,8 milhões na cotação atual). preço de fábrica antes da entrega. O preço mais alto é de US$ 29 milhões (R158,7 milhões). É importante ressaltar que a TAM Aviação Executiva é controlada pela Textron. “Por isso tem uma financeira própria, que é a Textron Finance”, diz Fiuza. “Esse dinheiro é internacional, é feito em dólar, ou o cliente pode comprar com crédito de outros bancos internacionais, se quiser”.
O diretor lembra ainda que os principais bancos do Brasil concedem empréstimos para compra de aeronaves. Entre eles estão, por exemplo, Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico (BNDES), Bradesco, Santander e JP Morgan. E mais: as vendas podem ser compartilhadas com mais de um proprietário. “No Brasil, hoje, essa característica ainda é muito rara, mas existe e já tem clientes que gostam de compartilhar”, diz Fiuza.
A partir de 2021, esse processo de contratação ficou mais fácil, depois que a Anac resolveu algumas questões jurídicas, como as relacionadas à responsabilidade em riscos potenciais. Entre as mudanças, de acordo com as últimas regras, cada avião poderá ser dividido em 16 seções, e helicópteros,
até 32 unidades.
*Reportagem publicada na edição 119 da Revista Forbes, com citações do Real
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